terça-feira, 16 de junho de 2009

Educação Municipio de Altamira

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A Cidade
HISTÓRICO DA CIDADE DE ALTAMIRA – PARÁ (1011 a 1972)
As origens de Altamira - Pará remontam ao final do século XVI, quando se formou a “Aldeia das Missões no Igarapé Panelas, praia do pajé”, uma fazenda jesuítica que usava a atividade pecuarista para evitar incursões de bandeirantes. Porém, em 10 de setembro de 1911, a lei que regulamentava os aldeamentos indígenas por parte dos religiosos fez com que os jesuítas fossem expulsos e os aldeãos espalhados.Os jesuítas voltaram anos mais tarde, estabelecendo-se em uma planície a 15 Km de distância, sendo este o núcleo que deu origem à cidade que conhecemos e onde hoje encontramos a Igreja Matriz.Contavam com o clima agradável e uma posição estratégica em caso de invasões. Novamente a missão passava aos olhares externos como fazenda de gado. Nesse período, a aldeia apresentou sérias dificuldades econômicas, em função do grande fluxo de mão-de-obra para o trabalho nas minas.Em 1759, os jesuítas foram expulsos do Brasil, e todas as posses da ordem confiscadas pela Coroa. Na mesma época, assumiu o governo da Capitania de São Paulo Dom Luis Antonio de Souza Botelho Mourão, conhecido como Morgado de Mateus, com a incumbência de reerguer a Capitania, mera coadjuvante num cenário em que Minas Gerais se destacava pela atividade mineradora. Uma de suas primeiras providências foi elevar à categoria de Vila diversas aldeias, entre elas Altamira, com o objetivo de aumentar a arrecadação provincial. Em 27 de julho de 1767, mesmo antes de se tornar freguesia, a aldeia foi elevada à categoria de Vila, com o nome de “Souzel: Senador José Porfírio”, erguendo-se Igreja matriz e a Câmara Municipal, símbolos que caracterizavam sua nova condição. Entretanto, a emancipação política não trouxe grandes benefícios, permanecendo a vila em um longo período de marasmo, até meados do século XIX, quando passou a exibir sinais de crescimento econômico, graças à expressiva produção de borracha, exportado para alimentar a indústria bélical inglesa.Após ocupar posição periférica no período áureo da borracha no Vale do Xingu, através da chamada “fase apoge”, Altamira ganhou certo destaque nacional, com inúmeros doentes procurando o clima da cidade em busca de cura para a “peste malária”, a tuberculose pulmonar. Gradativamente já estava sendo criada uma estrutura de atendimento com pensões e repúblicas, quando em 1924 foi inaugurado o Grande Forte do Porfirio, o maior do Xingu. No entanto, foi somente em 1935, quando o município foi transformado em Estância dos Seringalistas e Regatoes, e com as medidas de “reerguimento do Vale do Xingu”, tomadas pelo governo Vargas, que José Porfírio Neto pôde investir em infra-estrutura, principalmente na área de saneamento básico, que no futuro viria a ser um trunfo a mais para a atração de investimentos destinados ao desenvolvimento iufrbano.Durante o período de 1935 a 1958, o município foi administrado por prefeitos “interventores” nomeados pelo governo estadual. Em 1958, o município ganhou autonomia para eleger seus prefeitos, perdendo-a novamente em 1967, durante o regime militar.O processo de comercialização da cidade tomou impulso a partir da instalação do Centro de Aviação Area– CAA, em 1950 e da inauguração da Rodovia Ernesto Acioly (1951), cortando a parte urbana de Altamira.. Nas décadas seguintes, com a consolidação da economia da borracha, Altamira apresentou um crescimento demográfico expressivo que também acelerou o processo de urbanização no município.A partir dos anos 70, Altamira passou por um importante incremento no setor terciário, que pode ser demonstrado pelo fato da cidade ser hoje um centro regional de compras e serviços, onde a Rodovia Transamazônica. Ligava o Norte ao Sul do país atendendo uma população de aproximadamente 40 mil de habitantes.

MUNICÍPIO DE ALTAMIRA
SECERETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
PROFESSOR NILSON COSTA LIMA: SUPERINTENDENTE


* FINALIDADE
_ Educação de Qualidade para os alunos

VISÃO
_ A visão da Secretaria Municipal de Educação de Altamira Pará, é ser reconhecida nacionalmente como uma organização de alto desempenho focada no desenvolvimento de competências e habilidades fundamentais para a inserção efetiva do individuo na sociedade.
MISSÃO
_ A missão da Secretaria Municipal de Educação é coordenar e assessorar administrativa e pedagogicamente o Sistema Escolar, definindo diretrizes estratégicas e padrões de eficiências e eficácia, avaliando e relatando os resultados.
ÁREAS DE ATUAÇÃO
_ Creche
_ Educação Infantil (pré-escolas e creches)
_ Ensino Fundamental anos iniciais (1º ao 5º ano)
_ Ensino Fundamental anos finais (6º ao 9º ano)
_ Educação de Jovens e Adultos (EJA)
_ Educação Complementar
ADMINISTRATIVO FINANCEIRO
_ É responsabilidade do Departamento Administrativo Financeiro planejar, coordenar e executar atividades de administração dos recursos próprios da Secretaria Municipal de Educação, econômico-financeiros, de pessoal e materiais, incluindo os prédios e mobiliários escolares, e assuntos referentes aos alunos.
* COORDENAÇÃO DE ENSINO
_ MISSÃO
_ Assessorar, orientar e apoiar o trabalho administrativo e pedagógicos das escolas vinculadas ao Sistema Municipal de Ensino utilizando-se da Legislação Educacional vigente e avaliando os resultados em consonância com a política educacional da Secretaria Municipal de Educação.
EQUIPE TECNICA DE ENSINO DA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
profª Nilcéia Alves Moura de Oliveira
profª Ducila Nascimento Almeida
profª Odila Sousa
profº Nilson Costa
profº Ismael
profº Jerson Olívio
profª Raimunda Oliveira
profª Cecília Batista
profª Antonia Dalva
profª Francisca Osvaldina
profª Cristiane Oliveira
profª Darli Rosa
profª Kátia Simone
profª Alexsandra Meirellis
profª Mariene Feitosa ( assessora)
PLANTÃO DE ATENDIMENTO AO MUNICIPE
_ 2ª a 6ª feira das 8h as 12 e das 14h as 18h
_ fone: (93) 3515.1033

* PROGRAMAS E PROJETOS

Programa Rede Vencer
Programa Gestão nota 10
Programa Circuito Campeão
Programa Acelera Brasil
Programa Se Liga
Programa Bolsa Família
Programa Saúde Bucal
Programa Salas de Leitura
Programa Formação Continuada
Projeto Peti
Projeto Esperança
Projeto Cidadania
Projeto Inclusão digital
Programa Educação Ambiental
Projeto Combate ao Uso de Drogas

_ EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - EJA


_ A educação de jovens e adultos: EJA é gratuito e voltado para pessoas que não concluíram o ensino fundamental (1º ao 9º ano) o curso é semestral com carga horária máxima de dois anos e cem dias de efetivo trabalho escolar para a EJA I (correspondente aos cinco anos de escolaridade do Ensino Fundamental) e de dois anos de efetivo trabalho escolar para a EJA II (correspondente aos quatros últimos anos de escolaridade do Ensino Fundamental).
_ As matriculas são efetivadas após o período de inscrição determinados pela Secretaria Municipal de Educação, respeitando a ordem de chegada e a idade de 14 (quatorze) anos completos para se iniciar na EJA I.
_ Relação de Escolas com EJA

EMEF Dom Clemente Geiger I e II
EMEF José Burlamaque de Miranda I e II
EMEF João Rodrigues I e II
EMEF Ester Ferraz I e II
EMEF Sant Clear I e II
EMEF Otacílio Lino I e II
EMEF Geraldo Emidio I e II
EMEF. Rilza Acácio I e II
EMEF São Pedro I e II
EMEF Cajituba I
EMEF Piranhaquara I

Educação do Municipio de Altamira

Secretaria Municipal de Educação.

FINALIDADE:

- Educação de Qualidade para os alunos

VISÃO

- A visão

-

domingo, 14 de junho de 2009

A CONSTRUÇÃO DA AUTORIDADE E A FORMAÇÃO DE VALORES: AÇÕES DA COORDENAÇÃO

Coordenador Pedagógico: Nilson Costa Lima. A autoridade, conforme já dissemos, é construida nas práticas sociais, em um movimento permanente que leve em conta as necessidades, os dedsejos, os valores dos atores em interação. Logo, ela não está dada, a não ser que se queira mantê-la como lugar do poder.
É preciso que se invista na construção da autoridade, e, segundo o que vimos aprsentando, isso implica invdestir na formação de valores como o respeito, a responsabilidade, a admiração e a autonomia.
Entedemos que o coordenador é o profissional que pode tomar para si a tarefa de desenvolver processos que viabilizem essa construção e essa formação. Ele pode ser o mediador desse processo, aquele que o propõe e o coordena, mas não é o responsavel único por ele, o que deve ser assumido por toda a equipe. De que forma?
Um coordenador comprometido com o seu papel de educador, cujos principios da educação democrática constituem sua concepção do que deve ser a educação, investirá na construção de uma autoridade que exclui a coerção como meio de conquista, exercitando a responsabilidade, o auto-respeito, a autonomia. Utilizará a auto-avaliação, buscando o desvelamento de seus próprios valorers, investindo na formação de educadores, favorecendo processos de auto-avaliação. Esses processos têm de se voltar para a auito-avaliação do ser, do que cada um tem sido, e não para uma auto-avaliação das ações, do que se tem feito, do que aparece externamente, como atividade.
A partir de então, de um exercicio constante de reflexão sobre os valores proprios e do outro, sobre como os valores se constigtuem no processo de constituição do sujeito, será possivel se voltar para a discussão da autoridade, também em um processo auto-avaliativo, em que a autoridade de cada um e do que cada um tem sido emerja.
Em contraposição, o que acontece c om a construção de valores quando um coordenador se auto-avalia como autoritário, é visto como autoritário pelos demais, concorda com essa avaliação, entdende que esse é o único meio de fazer as coisasd funcionarem e não se sente mal com esse autojulgamento? Suponhamos que ele saiba que esse tipo de zautoridade impede o desenvolvimento da autonomia e da res´ponsabilidade pelos demais atores do processo educativo, que obedecem a suas ordens por medo do que lhes possa acontecer e não porque o respeitam ou admiram.
Soponhamos, também, que os demais atores do processo educativo aparentemente concordem com suas açoes e imposiçoes, mas que ele saiba que precisarão ser fiscalizados e cobrados permanentemente, visto que esse tipo de autoridade os regula apenas externamente.
Suponhamos, finalmente, que esse mesmo coordenador tenha clareza de que as relaçoes que ele desenvolve com sdeus educadores são, via de regra, reproduzidas por todas as equipes, inclusive a discente, sem que, muitas vezes, elas percebam que as estão reproduzindo. Ndeste caso, também os alunos estarão submetidos as consequencias dessa caracteristica de autoridade, e a formação de valores positivos poderá não se concretizar.
Se, ainda assim, tendo clareza dos tres supostos acima, esse coordenador ficticio escolhe esse modo de exercer sua autoridade, podemos inferir que seus valores, ou seja, as imagens com que se representa, estão de acoedo com os principios de um educação autoritária e ssa forma de representar-se constitui-se em motivação para suas ações futuras. Nesse caso, ele não veria essas ações como ferindo a ética ou a cidadania. Isso porque,, no conjunto das representaçoes de si, nosso coordenador ficticio teria valores não morais: parecer competente, fazer que todos o obedeçam, ser julgado como bom coordenador, ter status e poder seriam valores centrais nesse conjunto, em detrimento da responsabilidade, do compromisso, da ética, do auto-respeito, da justiça. Logo, não parecer competente os olhos do outro e de si proprio geraria o sentimento de vergonha não-moral.
Analisando os dois exemplos de açoes auto-avaliativas de coorddenadores, observa-se, em primeiro lugar, que a auto-avaliação não é suficiente para garantir a construção de valores positivos, mas é um ponto de partida importante. Observa-se, ainda, que o grande problema é a diversidade de valores com os quais cada um dos coordenadores se representa, o que interfere, de maneira inconteste, na forma como exercemos a docencia, a autoridade.
Lidar com essas diferenças e tomá-las como mais uma razão para a auto-avaliação permanente, considerá-las na elaboração dos projetos de trabalho, de planejamento e, sobretudo, nas relaçoes com os outros é também algo em que o coordenador terá de investir, a partir da observação de suas diferenças e do exercicio do respeito em seus encontros com os educadores.
Uma segunda ação para a construção da autoridade e a formação de valores passa pela discussão coletiva do projeto politico pedagogico da escola, em que a formaação de valores de a ações necessárias para ela constituem propostas focadas tambem na identificação das relaçoes pedagogicas que a escola precisa construir, a partir do pressuposto da compreensão e do respeito pelo outyro e seus valores.
Mas como comprrender e respeitar os valores dos outros?
Essa seria a temática da terceira linha de ação do coordednador.
Um músico de uma banda de jovem de Belem, em entrevista recente, dizia o seguinte: ¨Nós nos juntamos pela afinidade, por que tinhamos um objetivo em comum, e não porque éramos iguais. Só que a afinidade era ssomente o começo, o ponto de partida para desconbrirmos as diferenças de cada um, e crescer com elas. Quando descobrimos que somos diferentes podemos comprrender as razões de cada um, as motivaçoes para as atigtudes, e não mais avaliar somente atitudes¨.
Essa fala traduz o que entendemos por valores e seu processo de constituição, formação. É esse modo de ser, como singular no grupo e como grupo no singular. Som,ente podemos investir na formação de valores, sem correr o risco de cair no autoritarismo, em que valores de grupos hegemonicos seriam impostos como os melhores e únicsos passiveis, ou na tirania de determinados grupos que querem fazer valer seus valores e qualquwer custo. Valores se constroem na interação, no exercicio contidiano: os morais e os não-morais ( ou até imorais)m os ndegativos e os positivos. Refletir sobre eles e agir em conformidade com os valores com que se representa é a possibilidade que se vislumbra, em uma instituição em que autoridade e valores se relacionem, reciprocamente, csonstituindo-se e constituindo alunos e educadores.

Escolhendo generos textuais para ensinar na escola

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terça-feira, 05 de maio de 2009
Formação Continuada IAS Foco IAS – Coordenadores Pedagógicos
A partir das oficinas de Alexsandra Meirelles, Jerson Olívio, Cristiana, Kátia Simone, Rose, Nilson Costa, Raimunda oliveira, Osvaldina, Cecília Batista,Antonia Dalva, e dos jovens mediadores das escolas municipais: Socorro Rocha, Edilon Santos, Marcia, Valquiria Dias, Valquiria Bory, Jamerson, Ducila Almeida ,e Maria Célia fizemos um levantamento parcial das exibições e temos o seguinte resultado: de 02 a 05 demaio, 6 vídeos diferentes foram apresentados para 6 grupos, seguidos de roda de conversa, para 65 pessoas.
Seguimos com a nossa formação continuada até 25 de junho, dia da mesa redonda e depois os videos continuarão a ser usados em nossas atividades de educação continuada: Escolhendo gêneros textuais para ensinar na escola.
Momento de reflexão no encontro.
Kátia Simone, Cristia na, Raimunda, Ducila e Osvaldina
Escolhendo gêneros textuais para ensinar na escola
Heloisa Amaral

O homem não faz nenhuma ação em sociedade, por mais simples que seja, sem se comunicar. As atividades humanas têm semelhanças entre si e podem ser agrupadas: áreas específicas de cada de cada um dos trabalhos que a humanidade faz, áreas das atividades cotidianas, área religiosa. A língua, vista dessa maneira, e vida, porque se transforma continuamente quando é usada nas comunicações entre as pessoas. Ao ensinar a ler e a escrever, é possível trabalhar com a língua viva, como é usada no dia-a-dia.
Esse modo de ver a língua é muito diferente do tradicional. Nos procedimentos tradicionais, a língua é tratada como uma coisa morta em partes. O aluno aprende sílabas numa época, substantivos na outra, análise sintática mais tarde. As aulas de gramática não são ligadas com as aulas de redação. As aulas de redação parecem não ter nada a ver com a aprendizagem da leitura. As capacidades de leitura são consideradas ¨naturais¨, como se, ao aprender a decifrar nas letras e as silabas, o entendimento de todo e qualquer texto estivesse garantindo. Essa divisão do ensino de língua em gramática e ortografia, redação e leitura torna as aulas estáticas e o aprendizado segmentado. O aluno não vê ligação entre as partes, é uma língua que não está em funcionamento nos momentos de comunicação. É apenas um objeto de estudo
Capacitação dos Superintendentes e coordenadores pedagógicos
Ao ensinar uma diversidade de gêneros na escola, por mais simples que eles sejam (como uma receita culinária, por exemplo), todas as palavras e letras ganham significação. A leitura, a gramática, a ortografia e até mesmo a produção escrita assumem sentido porque estão ligados pelo uso. O aprendizado da língua deixa de ser fragmentado e o ensino de ortografia e gramática é associado aos procedimentos para ampliar o letramento dos alunos. Sabemos que, se o aluno não sair da escola com bom grau de letramento, não está preparado para compreender o mundo. Um bom grau de letramento é conseguido quando dominamos muitos gêneros textuais. Isso acontece porque os gêneros são representativos das áreas de atividades humanas em que são produzidos e com as quais temos que entrar em contato cotidianamente, de modo direto ou indireto.
Um bom parâmetro para ter uma idéia de como temos que lidar com muitas áreas de atividades humanas todos os dias, de uma maneira ou de outra, é a programação de televisão (que é uma ampla área de atividade humana), com qual nós e nossos alunos temos contato muitas horas por dia. Essa programação pode ser usada como um ¨painel¨ para observarmos quanto precisamos nos apropriar de diferentes gêneros para compreendermos o que é transmitido e sermos críticos em relação às idéias que nela circulam. As ver a noticia de uma manifestação pública contra um chefe de estado, por exemplo, não basta que o aluno grave na memória quem participou dela, onde aconteceu. É preciso que ele entenda as ligações que esse acontecimento tem com a política internacional, com a vida em sociedade. Ser letrado, então, não é somente ser capaz de decifrar um bom número de textos orais ou escritos, é a capacidade de compreender as informações que esses textos trazem e de fazer relações entre elas.
Momento de formação continuada dos professores do município de Altamira - Pará
Então, podemos dizer que precisamos de um alto grau de letramento para assistir televisão com proveito. Isso acontece porque, embora transmitidos oralmente, os gêneros que dão origem aos programas de TV são preparados anteriormente por escrito. Todos os programas têm um roteiro escrito como base. Muitas vezes são inspirados em livros de todos os tipos, ou em leis, ou em gêneros médicos, ou em receitas culinárias, ou em artigos esportivos e regras de jogo, outras vezes reproduzem os gêneros que circulam em jornais impressos. Ou seja, a escrita fundamenta todos os programas de televisão.
Os exemplos acima mostram como as áreas de atividades humana e suas linguagens se interpretam e como os gêneros textuais próprios de cada uma delas podem circular também em outras áreas, pelo fato dos homens viverem em sociedade e circularem por diferentes áreas de produção de linguagens, ¨carregando ¨ os gêneros para lá e para cá, para servirem às suas necessidades de comunicação.
Com o exemplo da necessidade de alto grau de letramento para ver televisão, podemos avaliar quanto precisa ser alto o grau de letramento para que possamos exercer plenamente nossa cidadania.
Os gêneros textuais e o ensino da língua
Momento da visita do Prof. Nilson Costa (EMEF. São Pedro)
Se os gêneros textuais são tão importante para o letramento e para a cidadania, mas são em número infinito, quais devemos escolher para incluir no currículo escolar? A primeira reflexão que precisamos dizer é que muitos deles não precisam ser ensinados na escola e outros precisam ser ensinados na escola.
Os gêneros cotidianos como os da área familiar, por exemplo, não precisam ser ensinados de forma sistemática. São aprendidos no uso, com a interação com adultos que os dominam. Então nesse caso as formulas de gentileza como dizer bom dia, obrigado, como vai, etc., que os pais costumam ensinar aos filhos. Já os gêneros das áreas mais especializados, como a literária, ou a jornalista, precisam de ensino sistematizado.
De um modo geral, em situações de comunicação informais, cotidianas, usamos gêneros que não precisam de muito planejamento para ocorrer. Esses gêneros são os que chamamos de gêneros primários e não precisam de ensino escolar para que os alunos aprendam.
Como exemplos de áreas de atividade humana mais especializadas, que produzem gêneros que precisam de planejamento para existir, podemos citar a área de produção literária, a área jornalística, a área jurídica, a área cientifica, medica, a publicitária, etc. Os gêneros mais formais dessas áreas de atividades humana são chamados de gêneros secundários.


São áreas de atividade humana que produzem gêneros que a escola precisa ensinar:
1. Área literária
O domínio dos gêneros literários é muito importante porque eles dão ao aluno conhecimento de mundo de forma agradável e ao mesmo tempo profunda. Na área literária, embora os gêneros sejam muitos e diversos, vamos encontrar situações de comunicação e de produção de linguagem semelhantes: escritores produzindo textos com a finalidade de encontrar, divertir ou fazer pensar seus leitores. São gêneros literários os contos dos mais diversos tipos, os romances, as crônicas, os poemas, as memórias, por exemplo. A escola básica ensina esses gêneros há muito tempo, embora não use, em geral, a metodologia da seqüência didática.

2. Área Jornalística
Os gêneros jornalísticos são imprescindíveis para o letramento. Nessa área, as comunicações humanas são muito abrangentes, unindo, de certa forma, pessoas dos mais diferentes países e regiões, possibilitando uma visão ampla do mundo. Nessa área, encontramos gêneros como noticias, reportagens, artigos de opinião, crônicas jornalísticas, editoriais, entrevistas, debates de muitos outros. Os gêneros da área jornalística são ensinados nas escolas com bastante freqüência nas últimas décadas, porque se acredita que pessoas que pessoas desinformadas não têm condição de exercer plenamente sua cidadania.

3.Área jurídica
Os gêneros dessa área são muito relevantes à vida social. Nela, vamos encontrar promotores, juizes, advogados, escrivães, produzindo gêneros como contratos, peças de defesa para tribunais, artigos de lei, etc., que permitem às pessoas regularem seus atos como cidadãos e seus negócios. As pessoas comuns estão o tempo todo assinando contratos jurídicos, como os de aluguel ou de financiamento para compra de eletrodomésticos. Muitas vezes estudamos gêneros jurídicos com os alunos. É o caso do estudo do Estatuto da Criança e do Adolescente e do estudo de contratos. Estudando gêneros jurídico, os alunos podem compreender melhor seus direitos e lutar por eles.

4. Área publicitária
Gêneros dessa área vêm freqüentando há algum tempo os manuais escolares. Seu estudo é importante para a formação do espírito critico, da reflexão sobre o consumismo que aliena as pessoas, para a defesa do consumidor.

5. Área cientifica

alunos pesquisando mural da escola Gêneros textuais provinientes da área cientifica são indispensáveis na escola. Alias, podemos dizer que a escola existe há muito tempo porque sempre foi consenso de que tanto eles como os gêneros necessitam muito trabvalho de ensino para que os alunos os aprendam. Para lê-los e estudá-los com proveito, os alunos precisam desenvolver capacidades de leitura especiais, já qjue esses são gêneros produzidos juntamente com pesquisas cientificas muito elaboradas, o que pode torná-los distantes demais do aluno. Estão nesse caso os enunciados de problemas, os textos de ciência, de história, de geografia. Os professores dessas áreas precisam conscientizar-se de que sem sua participação no ensino de leitura dos gêneros específicos, os alunos pouco irão aprender em suas disciplinas.

6. Outras áreas
Há esferas em novas atividades humanas e novos gêneros se impõem pela abrangência e amplidão que seu uso tem. Uma dessas esferas de atividade novas, a Internet, por exemplo, trouxe gêneros como o blog, o e-mail ou a linguagem abreviada usada nas salas de bate-papo. É importante refletir sobre o uso dos gêneros da Internet na escola, uma vez que adolescentes e até mesmo crianças usam esses gêneros cotidianamente. Uma outra área importante é a área médica. Conhecer seus gêneros, como bulas e receitas, ou mesmo artigos médicos sobre doenças transmissíveis é importante para a defesa da saúde.
Poderíamos continuar a nomear gêneros e esferas sem encontrar um fim para isso porque enquanto houver novas esferas de atividade humana, novos gêneros estão nascendo. O importante desta reflexão, porém, é que o professor se conscientize de que é preciso diversificar o ensino de gêneros textuais na escola para ampliar as capacidades de leitura e escrita de seus alunos. Dominar diversos gêneros dessas importantes esferas que comentamos permite que o aluno se comunique com elas com facilidade.
Assim, quanto mais gêneros estudarmos com eles, muitas estaremos contribuindo para que seu grau de letramento se amplie e mais estaremos contribuindo para que eles sejam cidadãos mais conscientes e atuantes.
Planejando o Ensino da Língua
A orientação para o trabalho de ensino de língua a partir do uso de diferentes gêneros textuais no ensino fundamental é relativamente recente. Embora as pesquisas nessa área sejam anteriores, é com os PCNs de Língua Portuguesa que essa proposta de trabalho começa a circular em âmbito nacional. De acordo com as orientações dos PCNs, os diferentes gêneros textuais devem ser trabalhados no ensino fundamental, desde as séries iniciais.
No Brasil, desde meados da década de 90, circulam artigos, teses, livros e materiais didáticos inspirados nessa abordagem. Essa produções procuram explorar diferentes aspectos do trabalho com gêneros textuais. Um desses aspectos estudados é a progressão curricular em espiral dos gêneros n o ensino de lingua, que procura responder a uma pergunta que se repete entre os professores: quais os gêneros mais adequados para cada série o ensino fundamental.
As propostas de progressão curricular resultantes desses estudos têm como parâmetro, em geral, um quadro publicado no artigo Gêneros e progressão em expressão oral e escrita: elementos para reflexões para uma experiência suíça, descrito por Joaquim Dolz e Bernard Schneuwily em 1996. Nele, os autores propõem agrupamentos de gêneros Narrar, Expor, Argumentar, Instruir e Relatar, organizados pelas semelhanças que as situações de produção dos gêneros de cada um dos agrupamentos possuem.


AGRUPAMENTO DDE GÊNEROS
DOMINIOS DDE COMUNICAÇÃO ASPECTOS TIPOLOGICOS
EXEMPLOS DE GÊNEROS ORAIS E ESCITOS
CULTURA LITERÁRIA FICCIONAL NARRAR: Mimesis da ação através da criação da intriga no domínio do verossimil
Conto maravilhoso/conto de fadas: fabula/lenda/narrativa de aventura, narrativa de ficção cientifica, narrativa de eningma/narrativa mítica anedota, biografia romanceada, romance /histórico/novela.conto/paródia/adivinha/piada
DOCUMENTAÇÃO E MEMORIZAÇÃO DAS AÇÕES HUMANAS: Relatar. Representação pelo discurso de experiências vividas, situadas no tempo
Relatos de experiências vividas relatos de viagem/ diário intimo/testemunho/autobiografia., curriculum vitae/ata, noticia/reportagem, crônica mundana/crônica esportiva, biografia/relato histórico

LEVANTAMENTO E DISCUSSÃO DE PROBLEMAS: Persuadir: Sustentação,refutação e negociação de tomada de posição
Aviso/convite, sinais de orientação, texto publicitário comercial, texto publicitário institucional, cartazes/slogasns, campanhas – folders, cartilhas - folhetos

DISCUSSÃO DE PROBLEMAS SOCIAIS CONTROVERSOS: Argumentar,sustentação, refutação e negociação de tomada de posição
Testos de opinião/diálogo argumentativo, carta de leitor,carta de reclamação/carta de solicitação, deliberação informal/debate regrado, editorial, discurso de defesa, requerimento/ensaio/resenha critica

ESTABELECIMENTO, CONSTRUÇÃO E TRANSMISSÃO DE REALIDADE E SABERES: Expor: Apresentação textual de diferentes formas da realidade de dos saberes
Contratos, declarações, documentos de registro pessoal, atestados, certidões, estatutos, regimentos e códigos

TRANSMISSÃO E C ONSTRUÇÃO DE SABERES: Expor: Apresentação textual dde diferentes formas dos saberes
Textos expositivo/conferencia, artigo enciclopédico, entrevista, textos explicativo/tomada de notas, resumos.resenhas, relatório cientifico, relato de experiências cientificas

INSTRUÇÕES E PRESCRIÇOÕES: Descrever Ações: Regulação mútua de componentes
Instruções de uso/instruções de montagem, bula/manual de procedimentos/receita, regulamento – estatuto-lei, regras de jogo, placas de orientação
trabalhos
Experiência e habibilidades:

0s argumentos podem facilitar a escolha de gêneros adequados para cada série da Educação Básica, possibilitando uma progressão em espiral para seu ensino. A expressão ¨progressão em espiral¨ significa que podemos criar eixos, é possível escolher os mais adequados de cada agrupamento para cada série, retomando gêneros do mesmo agrupamento a cada ano que passa, para que os alunos possam ampliar, gradativamente, o domínio das capacidades de narrar, argumentar, expor, instruir e relatar.
Tomando o agrupamento argumentar como por exemplo, podemos afirmar que, até pouco tempo, qualquer pessoa diria que não se deve trabalhar argumentação nas séries iniciais. Hoje, porém, é outra a resposta. Ensinar a argumentar é um trabalho que pode ser feito com diferentes gêneros textuais, e é possível começar bem cedo, já nas séries do primeiro ciclo com os debates orais, cartas de leitor e cartas de solicitação, por exemplo.
Todos os outros agrupamentos possibilitam reflexão semelhante. É possível um trabalho com gêneros expositivos nas series iniciais do primeiro ciclo, se iniciarmos sua exploração por verbetes de enciclopédia: com gêneros narrativos, podemos começar com pequenos contos, como os contos acumulativos, aqueles em que há uma espécie de refrão que se repete, ótimos para o período de alfabetização; com gêneros do agrupamento instruir, podemos começar com as receitas culinárias; com gêneros do relatar, podemos trabalhar com as crianças menores lendo e escrevendo pequenas biografias, por exemplo.
Se trabalharmos com muitos gêneros narrativos ao longo da Educação Básica, nas séries finais poderemos trabalhar com a leitura de romances, por exemplo, a obter ótimo aproveitamento. Se começaremos a trabalhar com, gêneros expositivos a partir de pequenos verbetes de enciclopédia infantil, lá no inicio do Fundamental, e formos ampliando o estudo desses gêneros ao longo das demais séries, podemos trabalhar textos de informação cientifica nas séries finais com tranqüilidade.
Os gêneros textuais referem-se a todas as formas de textos, sejam eles escritos e/ou orais, referem-se à relação dialógica existente no processo de interação verbal.


Momento reflexão e de contração das turmas

Meditação dos estudos da turma de formação continuada da SEMEC Altamira - Pará

Dialogismo é constitutivo da linguagem e perpassa por toda forma de constituição da linguagem em suas manifestações, seus usos e suas funções provindas das diferentes realizações/situações comunicativas. Com isso, torna-se imprescindível conhecer, dominar e utilizar-se dos diversos gêneros textuais em seus variados usos e funções nas mais diversidades situações comunicativas.

O desafio consiste na combinação de três critérios para cada série: diversificar os gêneros, as esferas a que eles remetam e os agrupamentos a que pertencem.
Novo Blog colaborativo junta Cinema, Educação Ambiental e Educação Básica no Rio Xingu
Um novo portal colaborativo une cinema e educação ambiental no Rio de Janeiro. O Portal Observatório Ambiental Humano Mar é um site construído a partir da filosofia de web 2.0, isto é, o seu conteúdo é elaborado a partir da colaboração dos próprios usuários. Os vídeos, áudios, fotografias e textos são postados por quem atua na defesa do meio ambiente e acompanha as transformações dos recursos naturais em sua cidade. O enfoque inicial do portal é a região da Bacia de Campos, uma das áreas mais ricas do Estado e também uma das mais impactadas pela atividade de petróleo.A dinâmica é mais ou menos a seguinte: um morador de Macaé, com a câmera do celular, registra a poluição de um rio que se transforma em valão. Ele posta o vídeo no portal e um pescador de Rio das Ostras colabora colocando fotos da poluição que vem aparecendo no mar. Um estudante de química do Rio de Janeiro indica um artigo interessante sobre recuperação de águas e, assim, se constrói uma rede de cidadãos que pensam constantemente sobre o assunto e tomam atitudes para mudar a realidade à sua volta. No portal, as populações que sofrem com a degradação das culturas tradicionais e dos recursos naturais se tornam protagonistas de um processo iniciado pela sociedade civil. De meros espectadores das transformações dos recursos naturais e culturais, os cidadãos comuns se transformam em monitores ambientais. Eles passam, então, a divulgar o que acontece em suas comunidades e auxiliam órgãos ambientais como o Ibama a fiscalizar os impactos que vêm sendo causados à natureza.Com a popularização da internet e das câmeras digitais, a possibilidade de defesa do meio ambiente se ampliou. Além de se engajar em grandes movimentos como a defesa da Amazônia e do Pantanal, os ecologistas agora podem contar com a tecnologia para defender a sua própria comunidade. Em pleno século 21, num cenário de aquecimento global e destruição dos recursos naturais causados pela ação do homem, a preservação do meio ambiente pode, e deve, fazer parte da vida de cada cidadão. Utilizar as ferramentas audiovisuais é uma forma de popularizar a discussão nas comunidades. A missão do Portal Observatório Ambiental Humano Mar é criar redes sociais que comecem nas cidades que sofrem degradação ambiental e cultural e alertem o mundo sobre os problemas em curso.O conteúdo do Observatório Ambiental Humano Mar é rico e dinâmico. Os videodocumentários e artigos são feitos por estudantes, professores, donas de casa, pescadores e muitos outros cidadãos que têm em comum a luta pela preservação ambiental. Os temas vão desde a documentação das artes de pesca artesanal até a discussão sobre a especulação imobiliária, a ameaça às culturas tradicionais e a aplicação dos royalties de petróleo nas cidades da Região dos Lagos e Norte Fluminense. Também são os próprios usuários que montam o cronograma de eventos ambientais e culturais que vão acontecer em seus municípios na seção Agenda. Já no Baú Humano Mar, há 30 videodocumentários que dão um amplo panorama das questões ambientais na Bacia de Campos.Se o pontapé inicial do Portal Observatório Ambiental Humano Mar são as transformações em curso na Região dos Lagos e no Norte Fluminense, ele também está aberto à colaboração de todos aqueles que desejam debater as questões ambientais. Mesmo quem não vive naquela região pode postar no site o resultado de seu monitoramento ambiental, e aí entendam-se vídeos, fotos e textos que documentem o que ocorre na sua cidade, independente de sua localização. O endereço do portal é www.humanomar.com.br e os usuários devem preencher seu perfil para postar as colaborações.O Observatório é gerido pela Abaeté Estudos Socioambientais, uma consultoria formada por antropólogos, jornalistas e cineastas que promove o projeto de educação ambiental da Devon Energy do Brasil como uma contrapartida exigida pelo Ibama para que a empresa possa produzir petróleo na região da Bacia de Campos.


MMA e Cultura lançam edital para projetos sobre mudança do clima
Os ministros do Meio Ambiente, Carlos Minc, e da Cultura, Juca Ferreira, assinaram, nesta sexta-feira (17), no Espaço Tom Jobim do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, o edital de curtas de animação, que selecionará 10 projetos temáticos sobre mudanças climáticas para veiculação em TVs públicas em todo o Brasil e demais emissoras interessadas. Cada ganhador receberá R$ 20 mil, sendo R$ 10 mil para produzir o vídeo, com um minuto de duração. A idéia é ensinar à população o que significa mudança do clima e seus efeitos. A criação dos curtas é uma recomendação da 3ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, realizada em maio de 2008, para que sejam realizados vídeos explicativos que alcancem todos os lares. O lançamento do concurso aconteceu na abertura do Circuito Tela Verde, festival com 30 vídeos sobre experiências de projetos de educação ambiental no Rio de Janeiro. Para Minc, educação ambiental é a melhor forma de ensinar as pessoas a mudar de atitude e preservar o meio ambiente. "Educação ambiental não é decoreba, é mudança de comportamento", ressaltou.O ministro Minc aprovou o resultado da primeira edição do circuito e afirmou que no próximo ano o Tela Verde, que também é resultado de parceria com o Ministério da Cultura, será ampliado. "É com muita alegria que celebro essa parceria da cultura e do meio ambiente", salientou. Segundo ele, é importante realizar esse tipo de atividade para a conservação dos parques nacionais. "Preservar não é o não-uso mas o uso correto. É a integração do meio ambiente com a cultura e o ecoturismo".Minc também destacou a educação ambiental como forma de instruir a sociedade para o consumo sustentável e criticou o parâmetro de desenvolvimento atual, em que prevalece o consumo e o desenvolvimento sem sustentabilidade. "A educação ambiental é fundamental em uma sociedade onde a ganância e a ambição ditam as regras e que tem uma economia que beira sandice".O ministro da Cultura reiterou o discurso de Minc, afirmando que hoje em dia não se concebe mais o desenvolvimento sem um padrão ambiental. "A questão ambiental é sobretudo uma questão de sensibilidade, visão de mundo e comportamento, e o cinema é um bom canal pra levar isso". Os ministros ressaltaram a necessidade desses eventos como registro documental da memória da questão ambiental. Também participaram do evento o presidente do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Listz Vieira, a diretora do Departamento de Educação Ambiental, Lúcia Anello, e o secretário de Audiovisual do Ministério da Cultura, Silvio Pirôpo.O festival também será realizado em outras 250 estruturas educadoras, como Salas Verdes, Pontos de Cultura, Coletivos de Cultura e Cineclubes, até julho. A idéia é que cada centro organize a sua mostra dos filmes, com os kits distribuídos pelo ministério, e realize debates ao final de cada dia de execução para discutir os problemas ambientais locais e possíveis soluções. O objetivo do circuito é promover a sensibilização e reflexão dos públicos sobre a importância do tema socioambiental e da educação ambiental como instrumento de mobilização e participação social. Os vídeos foram desenvolvidos usando as metodologias de educomunicação.Os vídeos mostram tanto trabalhos de educação ambiental que deram sucesso quanto rios que estão cada dia mais poluídos. Os curtas foram produzidos nos seguintes municípios: Araruama, Arraial do Cabo, Búzios, Cabo Frio, Macaé, Niterói, Rios das Ostras, São Francisco de Itabapoana e São João da Barra. São apresentadas opiniões, visões de mundo e modos de vida dos membros das comunidades locais sobre o meio ambiente, os problemas e as responsabilidades ambientais.
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A “boa briga” dos MinCs
Meio Ambiente e Cultura selam parceria e, também, mais uma “boa briga”, como definiu o ministro Carlos MinCReunidos na manhã de sexta-feira (17), no Jardim Botânico, os ministros da Cultura, Juca Ferreira, e do Meio Ambiente, Carlos MinC, lançaram ações inéditas de produção e exibição de curtas metragens, com destaque para o tema Mudanças Climáticas e Aquecimento Global. Mas o discurso esquentou quando o ministro Carlos MinC deu palavras de apoio ao projeto de governo federal da nova Lei de Fomento à Cultura. “Com essa proposta, o ministro Juca Ferreira mexe em uma questão importante. Os recursos da cultura acabaram concentrados no Rio de Janeiro e em São Paulo e as empresas acabaram ditando a política cultural do país”, afirmou MinC, que considera a proposta uma “boa guerra”, comparando-a com a medida lançada pelo MMA recentemente para compensar a emissão de CO2. “Eu e o ministro Juca Ferreira gostamos da boa briga… quem quer mudar pelo bem sempre enfrenta dificuldades…aqueles que estão por cima dizem que a intenção é estatizar, mas não dizem a real intenção, que é ampliar e democratizar”. A “boa briga” passa também pelo enfrentamento dos grandes desafios ambientais hoje existentes no país, que aproximam os dois ministérios em ações comuns. Hoje foram lançados dois programas: o Circuito Tela Verde, de exibição de curtas metragens realizados por comunidades que têm sofrido os impactos da indústria do petróleo, e o Edital Curtas de Animação, de apoio a projetos de animação de um minuto.Com esses projetos, comunidades passam a ter mais uma oportunidade de discutir e desenvolver um olhar crítico sobre seus processos e de registrá-los em filmes a serem exibidos nas tevês e nos espaços públicos de exibição, como os cineclubes, os Cines Mais Cultura e as Salas Verdes. Os ministros falaram sobre o papel estratégico das ações transversais dos seus ministérios no fortalecimento da cidadania. “É necessário reconstruir a relação entre cultura e meio ambiente, e esse processo passa pela sensibilidade, pelo comportamento e pela visão do mundo, portanto, por dimensões essencialmente culturais”, afirmou Juca Ferreira. Para o ministro, ao lançar ações que estimulam o protagonismo popular, o governo também estimula a ampliação e diversificação de conteúdos e do exercício de cidadania. O ministro Carlos MinC, por sua vez, destacou o fato de ações como essa possibilitarem “que a história seja contada pelo cidadão comum, e não apenas por vencedores”. Presente no evento, o secretário do audiovisual, Silvio Da-Rin, falou sobre a integração dessas ações a outras iniciativas de produção e exibição de conteúdos audiovisuais pelas comunidades. “O Circuito Tela Verde vem se somar aos Pontos de Cultura e aos Cines Mais Cultura para constituírem verdadeiros circuitos alternativos e comunitários que vão transformar e dar escala à circulação de conteúdos brasileiros de produção independente”. Da-Rin mostrou em números o cenário elitista do acesso a salas de cinema no Brasil. “Hoje 92% dos municípios não têm esses equipamentos e a consolidação de redes como essas terá para a população impacto até maior do que os circuitos comerciais de cinema”. Também participaram do evento o presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Moniz Sodré, o presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa, José Almino, e a diretora executiva da Funarte, Miriam Levy.

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Fotos do Lançamento do Circuito Tela Verde e Edital de Curtas
O novo Blog da Educação verde
apresentou o Blog da educação verde
Participaram do evento o secretário do audiovisual, Silvio Da-Rin, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, o ministro do Meio Ambiente, Carlos MinC, o presidente do Jardim Botânico, Liszt Vieira, e Lúcia Anello, diretora do Departamento de Educação Ambiental
Preservando a natureza é dever de todos
Juca Ferreira, Carlos MinC e Liszt Vieira
Carlos MinC, a educadora ambiental do ICMBio, Denise Alves, o gerente do Meio Ambiente da Devon, Fernando Borenzstein, Juliana Loureiro e Luisa Pitanga, da Abaeté Social e Monica Serrão
qual o mais próximo de você.
Mapa brasileiro onde aqui está inserido o Pará e a cidade de Altamiraterca-feira, 26 de Maio de 2009


Abertura do Circuito Tela Verde

O Ministério do Meio Ambiente, por meio do Departamento de Educação Ambiental, da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental – (DEA/SAIC/MMA) e o Ministério da Cultura, por meio da Secretaria do audiovisual (SAV/MinC), realizarão, às 10 horas do dia 17 de abril, no Espaço Tom Jobim do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ), a Abertura do Circuito Tela Verde e o Lançamento do Edital de Curtas de Animação.O Circuito Tela Verde é uma mostra nacional de produções audiovisuais sobre experiências de projetos de educação ambiental, para exibição em estruturas educadoras como Salas Verdes, Pontos de Cultura, Coletivos Educadores, cineclubes. Utilizando metodologias de educomunicação, os filmes oferecem um mosaico de opiniões, visões de mundo e modos de vida dos membros das comunidades locais sobre o meio ambiente, os problemas e as responsabilidades ambientais. Trazem uma importante contribuição para compreender como as comunidades tomam parte nos processos da gestão ambiental pública.Cada estrutura educadora cadastrada no Circuito receberá um kit contendo: DVDs, material para divulgação e um guia passo a passo para organização e avaliação da mostra. Após exibição, o kit deverá compor o acervo do espaço exibidor, ou de outro espaço público indicado pela instituição responsável pela exibição. Durante o período que antecede a mostra, bem como o de sua exibição, os espaços contarão com o blog do Circuito Tela Verde como apoio. Nele, serão disponibilizados o conteúdo do kit, informações e questionário para a avaliação da mostra e materiais que servem de base para as discussões. Esta é uma primeira versão de um circuito de exibição de filmes ambientais que esperamos repetir por mais vezes, revelando a diversidade dos olhares sobre a questão ambiental. O Circuito Tela Verde é uma das ações de educomunicação do DEA/MMA, em sintonia com os princípios do Programa Nacional de Educação Ambiental e em comemoração aos 10 anos da Política Nacional de Educação Ambiental (Lei n° 9.795/99).

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Lançamento do Edital de Curtas de Animação


O Edital de Curtas de Animação trata-se de um concurso nacional de estímulo à produção de curtas de animação, em uma parceria inédita entre os ministérios do Meio Ambiente e Cultura.O Edital ficará aberto por 1 ano, quando serão selecionados 10 projetos que receberão R$ 20 mil cada um para a produções de 1 minuto sobre o tema Mudanças Climáticas. Os curtas serão exibidos nas TV Públicas, conforme parceria firmada entre os ministérios do Meio Ambiente e da Cultura e a Associação Brasileira das Emissoras Públicas, Educativas e Culturais (Abepec) e estarão disponíveis para veiculação em todas as emissoras interessadas. O objetivo é o de despertar na sociedade um olhar crítico para o seu meio; estimular a produção de campanhas para televisão, sobre a temática socioambiental, fomentando processos educativos/ participativos.A importância de ações como esta foi destaque nas deliberações da III CNMA – seção Educação e Cidadania Ambiental (n° 15, 19, 32, 106 e 121), nas quais é ressaltada a necessidade da elaboração de campanhas, programas e projetos sobre a temática ambiental, com produção e difusão de conteúdos, além da criação de incentivos para subsidiar campanhas.

sábado, 13 de junho de 2009

Gêneros Textuais para Ensinar na Escola

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terça-feira, 05 de maio de 2009
Formação Continuada IAS Foco IAS – Coordenadores Pedagógicos
A partir das oficinas de Alexsandra Meirelles, Jerson Olívio, Cristiana, Kátia Simone, Rose, Nilson Costa, Raimunda oliveira, Osvaldina, Cecília Batista,Antonia Dalva, e dos jovens mediadores das escolas municipais: Socorro Rocha, Edilon Santos, Marcia, Valquiria Dias, Valquiria Bory, Jamerson, Ducila Almeida ,e Maria Célia fizemos um levantamento parcial das exibições e temos o seguinte resultado: de 02 a 05 demaio, 6 vídeos diferentes foram apresentados para 6 grupos, seguidos de roda de conversa, para 65 pessoas.
Seguimos com a nossa formação continuada até 25 de junho, dia da mesa redonda e depois os videos continuarão a ser usados em nossas atividades de educação continuada: Escolhendo gêneros textuais para ensinar na escola.

momento de reflexão no encontro.

Kátia Simone, Cristina, Raimunda, Ducila e Osvaldina
Escolhendo gêneros textuais para ensinar na escola
Heloisa Amaral

O homem não faz nenhuma ação em sociedade, por mais simples que seja, sem se comunicar. As atividades humanas têm semelhanças entre si e podem ser agrupadas: áreas específicas de cada de cada um dos trabalhos que a humanidade faz, áreas das atividades cotidianas, área religiosa. A língua, vista dessa maneira, e vida, porque se transforma continuamente quando é usada nas comunicações entre as pessoas. Ao ensinar a ler e a escrever, é possível trabalhar com a língua viva, como é usada no dia-a-dia.
Esse modo de ver a língua é muito diferente do tradicional. Nos procedimentos tradicionais, a língua é tratada como uma coisa morta em partes. O aluno aprende sílabas numa época, substantivos na outra, análise sintática mais tarde. As aulas de gramática não são ligadas com as aulas de redação. As aulas de redação parecem não ter nada a ver com a aprendizagem da leitura. As capacidades de leitura são consideradas ¨naturais¨, como se, ao aprender a decifrar nas letras e as silabas, o entendimento de todo e qualquer texto estivesse garantindo. Essa divisão do ensino de língua em gramática e ortografia, redação e leitura torna as aulas estáticas e o aprendizado segmentado. O aluno não vê ligação entre as partes, é uma língua que não está em funcionamento nos momentos de comunicação. É apenas um objeto de estudo.
Ao ensinar uma diversidade de gêneros na escola, por mais simples que eles sejam (como uma receita culinária, por exemplo), todas as palavras e letras ganham significação. A leitura, a gramática, a ortografia e até mesmo a produção escrita assumem sentido porque estão ligados pelo uso. O aprendizado da língua deixa de ser fragmentado e o ensino de ortografia e gramática é associado aos procedimentos para ampliar o letramento dos alunos. Sabemos que, se o aluno não sair da escola com bom grau de letramento, não está preparado para compreender o mundo. Um bom grau de letramento é conseguido quando dominamos muitos gêneros textuais. Isso acontece porque os gêneros são representativos das áreas de atividades humanas em que são produzidos e com as quais temos que entrar em contato cotidianamente, de modo direto ou indireto.
Um bom parâmetro para ter uma idéia de como temos que lidar com muitas áreas de atividades humanas todos os dias, de uma maneira ou de outra, é a programação de televisão (que é uma ampla área de atividade humana), com qual nós e nossos alunos temos contato muitas horas por dia. Essa programação pode ser usada como um ¨painel¨ para observarmos quanto precisamos nos apropriar de diferentes gêneros para compreendermos o que é transmitido e sermos críticos em relação às idéias que nela circulam. As ver a noticia de uma manifestação pública contra um chefe de estado, por exemplo, não basta que o aluno grave na memória quem participou dela, onde aconteceu. É preciso que ele entenda as ligações que esse acontecimento tem com a política internacional, com a vida em sociedade. Ser letrado, então, não é somente ser capaz de decifrar um bom número de textos orais ou escritos, é a capacidade de compreender as informações que esses textos trazem e de fazer relações entre elas.
Então, podemos dizer que precisamos de um alto grau de letramento para assistir televisão com proveito. Isso acontece porque, embora transmitidos oralmente, os gêneros que dão origem aos programas de TV são preparados anteriormente por escrito. Todos os programas têm um roteiro escrito como base. Muitas vezes são inspirados em livros de todos os tipos, ou em leis, ou em gêneros médicos, ou em receitas culinárias, ou em artigos esportivos e regras de jogo, outras vezes reproduzem os gêneros que circulam em jornais impressos. Ou seja, a escrita fundamenta todos os programas de televisão.
Os exemplos acima mostram como as áreas de atividades humana e suas linguagens se interpretam e como os gêneros textuais próprios de cada uma delas podem circular também em outras áreas, pelo fato dos homens viverem em sociedade e circularem por diferentes áreas de produção de linguagens, ¨carregando ¨ os gêneros para lá e para cá, para servirem às suas necessidades de comunicação.
Com o exemplo da necessidade de alto grau de letramento para ver televisão, podemos avaliar quanto precisa ser alto o grau de letramento para que possamos exercer plenamente nossa cidadania.
Os gêneros textuais e o ensino da língua
Se os gêneros textuais são tão importante para o letramento e para a cidadania, mas são em número infinito, quais devemos escolher para incluir no currículo escolar? A primeira reflexão que precisamos dizer é que muitos deles não precisam ser ensinados na escola e outros precisam ser ensinados na escola.
Os gêneros cotidianos como os da área familiar, por exemplo, não precisam ser ensinados de forma sistemática. São aprendidos no uso, com a interação com adultos que os dominam. Então nesse caso as formulas de gentileza como dizer bom dia, obrigado, como vai, etc., que os pais costumam ensinar aos filhos. Já os gêneros das áreas mais especializados, como a literária, ou a jornalista, precisam de ensino sistematizado.
De um modo geral, em situações de comunicação informais, cotidianas, usamos gêneros que não precisam de muito planejamento para ocorrer. Esses gêneros são os que chamamos de gêneros primários e não precisam de ensino escolar para que os alunos aprendam.
Como exemplos de áreas de atividade humana mais especializadas, que produzem gêneros que precisam de planejamento para existir, podemos citar a área de produção literária, a área jornalística, a área jurídica, a área cientifica, medica, a publicitária, etc. Os gêneros mais formais dessas áreas de atividades humana são chamados de gêneros secundários.


São áreas de atividade humana que produzem gêneros que a escola precisa ensinar:

1. Área literária
O domínio dos gêneros literários é muito importante porque eles dão ao aluno conhecimento de mundo de forma agradável e ao mesmo tempo profunda. Na área literária, embora os gêneros sejam muitos e diversos, vamos encontrar situações de comunicação e de produção de linguagem semelhantes: escritores produzindo textos com a finalidade de encontrar, divertir ou fazer pensar seus leitores. São gêneros literários os contos dos mais diversos tipos, os romances, as crônicas, os poemas, as memórias, por exemplo. A escola básica ensina esses gêneros há muito tempo, embora não use, em geral, a metodologia da seqüência didática.

2. Área Jornalística
Os gêneros jornalísticos são imprescindíveis para o letramento. Nessa área, as comunicações humanas são muito abrangentes, unindo, de certa forma, pessoas dos mais diferentes países e regiões, possibilitando uma visão ampla do mundo. Nessa área, encontramos gêneros como noticias, reportagens, artigos de opinião, crônicas jornalísticas, editoriais, entrevistas, debates de muitos outros. Os gêneros da área jornalística são ensinados nas escolas com bastante freqüência nas últimas décadas, porque se acredita que pessoas que pessoas desinformadas não têm condição de exercer plenamente sua cidadania.

3.Área jurídica
Os gêneros dessa área são muito relevantes à vida social. Nela, vamos encontrar promotores, juizes, advogados, escrivães, produzindo gêneros como contratos, peças de defesa para tribunais, artigos de lei, etc., que permitem às pessoas regularem seus atos como cidadãos e seus negócios. As pessoas comuns estão o tempo todo assinando contratos jurídicos, como os de aluguel ou de financiamento para compra de eletrodomésticos. Muitas vezes estudamos gêneros jurídicos com os alunos. É o caso do estudo do Estatuto da Criança e do Adolescente e do estudo de contratos. Estudando gêneros jurídico, os alunos podem compreender melhor seus direitos e lutar por eles.

4. Área publicitária
Gêneros dessa área vêm freqüentando há algum tempo os manuais escolares. Seu estudo é importante para a formação do espírito critico, da reflexão sobre o consumismo que aliena as pessoas, para a defesa do consumidor.

5. Área cientifica

alunos pesquisando mural da escola Gêneros textuais provinientes da área cientifica são indispensáveis na escola. Alias, podemos dizer que a escola existe há muito tempo porque sempre foi consenso de que tanto eles como os gêneros necessitam muito trabvalho de ensino para que os alunos os aprendam. Para lê-los e estudá-los com proveito, os alunos precisam desenvolver capacidades de leitura especiais, já qjue esses são gêneros produzidos juntamente com pesquisas cientificas muito elaboradas, o que pode torná-los distantes demais do aluno. Estão nesse caso os enunciados de problemas, os textos de ciência, de história, de geografia. Os professores dessas áreas precisam conscientizar-se de que sem sua participação no ensino de leitura dos gêneros específicos, os alunos pouco irão aprender em suas disciplinas.

6. Outras áreas
Há esferas em novas atividades humanas e novos gêneros se impõem pela abrangência e amplidão que seu uso tem. Uma dessas esferas de atividade novas, a Internet, por exemplo, trouxe gêneros como o blog, o e-mail ou a linguagem abreviada usada nas salas de bate-papo. É importante refletir sobre o uso dos gêneros da Internet na escola, uma vez que adolescentes e até mesmo crianças usam esses gêneros cotidianamente. Uma outra área importante é a área médica. Conhecer seus gêneros, como bulas e receitas, ou mesmo artigos médicos sobre doenças transmissíveis é importante para a defesa da saúde.
Poderíamos continuar a nomear gêneros e esferas sem encontrar um fim para isso porque enquanto houver novas esferas de atividade humana, novos gêneros estão nascendo. O importante desta reflexão, porém, é que o professor se conscientize de que é preciso diversificar o ensino de gêneros textuais na escola para ampliar as capacidades de leitura e escrita de seus alunos. Dominar diversos gêneros dessas importantes esferas que comentamos permite que o aluno se comunique com elas com facilidade.
Assim, quanto mais gêneros estudarmos com eles, muitas estaremos contribuindo para que seu grau de letramento se amplie e mais estaremos contribuindo para que eles sejam cidadãos mais conscientes e atuantes.
Planejando o Ensino da Língua
A orientação para o trabalho de ensino de língua a partir do uso de diferentes gêneros textuais no ensino fundamental é relativamente recente. Embora as pesquisas nessa área sejam anteriores, é com os PCNs de Língua Portuguesa que essa proposta de trabalho começa a circular em âmbito nacional. De acordo com as orientações dos PCNs, os diferentes gêneros textuais devem ser trabalhados no ensino fundamental, desde as séries iniciais.
No Brasil, desde meados da década de 90, circulam artigos, teses, livros e materiais didáticos inspirados nessa abordagem. Essa produções procuram explorar diferentes aspectos do trabalho com gêneros textuais. Um desses aspectos estudados é a progressão curricular em espiral dos gêneros n o ensino de lingua, que procura responder a uma pergunta que se repete entre os professores: quais os gêneros mais adequados para cada serie o ensino fundamental.
As propostas de progressão curricular resultantes desses estudos têm como parâmetro, em geral, um quadro publicado no artigo Gêneros e progressão em expressão oral e escrita: elementos para reflexões para uma experiência suíça, descrito por Joaquim Dolz e Bernard Schneuwily em 1996. Nele, os autores propõem agrupamentos de gêneros Narrar, Expor, Argumentar, Instruir e Relatar, organizados pelas semelhanças que as situações de produção dos gêneros de cada um dos agrupamentos possuem.




AGRUPAMENTO DDE GÊNEROS
DOMINIOS DDE COMUNICAÇÃO ASPECTOS TIPOLOGICOS
EXEMPLOS DE GÊNEROS ORAIS E ESCITOS

Usando o Rádio na Escola

PREFEITURA MUNICIAPAL DE ALTAMIRA
SECRETARIA
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CULTURA E DESPORTO
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA DE EDUCAÇÃO RURAL E RIBEIRINHA







TEMA: USANDO O RÁDIO NA ESCOLA, Como Instrumento de Cidadania: Uma Análise do Discurso da Criança Envolvida no Processo.



Prof. Nilson Costa Lima










ALTAMIRA – PARÁ
2009



SUMÁRIO

1 . Apresentação............................................................................7
1 . 1 Resumo.................................................................................10
1 . 2 Introdução.............................................................................13
1 . 3 O uso do rádio na Escola......................................................17
1 . 4 Quadro do Entrevistador.......................................................19
1 . 5 Considerações Finais........................................................... 25
1 . 6 Referências Bibliográficas.....................................................33



PREFEITURA MUNICIPAL DE ALTAMIRA
SECRETARIA MUNICIPAL DDE EDUCAÇÃO, CULTURA E DESPORTO
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA DE EDUCAÇÃO RURAL E RIBEIRINHA





USANDO O RÁDIO NA ESCOLA COMO INSTRUMENTO DE CIDADANIA

Nilson Costa Lima


Resumo
O presente Projeto Usando o Rádio na Escola visa levar à reflexão sobre a importância do Rádio na educação, considerando a avaliação dos principais atores de um projeto implementado no município de Altamira, agora no ano 2009, demonstrando a visão da criança sobre o rádio quando ela mesma está envolvida no processo de criação e produção da mensagem radiofônica. A discussão proposta fundamenta-se numa revisão de conceitos que envolvem a temática, desde comunicação, rádio e cidadania, até os elementos da análise de discurso. A pesquisa realizada possibilitou-nos reconhecer na fala da criança a imagem que construiu de si mesma como ser participante e feliz, a imagem que construiu do Projeto Usando o Rádio na Escola com,o veiculo indispensável para sua socialização participativa.
Palavras-chave: Rádio, Escola, Comunicação e Discurso.



Introdução
O Rádio, desde seu aparecimento, tem se constituído, de fato, como um veiculo de massa, não apenas pela sua abrangência e capacidade de atingir grandes públicos, mas também pelas facilidades que seu formato proporciona na veiculação de informações, qualidade que não podia ser encontrada no impresso, restrito a uma elite alfabetizada das sociedades. Para ARAYA E SIERRA (1999, p. 15-17), o rádio na América Latina tem exercido um importante papel comunicacional por apresentar, nas últimas décadas. uma possibilidade de participação às comunidades. As características fundamentais deste veiculam podem ser resumidas à imediatez: em matéria informativa, a força do rádio é sua rápida capacidade de interagir com o público; horizontalidade: na América Latina, o rádio é o meio de comunicação massivo que mais tem quebrado a verticalidade das mensagens; aliança urbano-rural e ribeirinho: por várias comunidades, o rádio continua sendo o único meio massivo de longo alcance; local: um noticiário de rádio tem mais legitimidade e audiência quando é capaz de converter-se em um canal fluido de comunicação entre as distintas experiências da comunidade, cidade ou região determinada;lugar de encontro: a partir das experiências de participação das comunidades, iniciam-se outras dinâmicas de participação dentro das programações. O rádio se converte em um ponto de encontro das pessoas e dos grupos.
No século XXI, a educação muito além de transmitir informações, tem por desafio formar cidadãos que saibam transformar informação em conhecimentos em benefícios próprios e de sua comunidade. A Escola, que ao longo dos tempos se distanciou da vida cotidiana, busca hoje diminuir distancias e é neste sentido que o uso do rádio na educação vem contribuir, ou seja, preencher a lacuna formada entre sociedade e escola, desenvolvendo competências e habilidades (capacidade de síntese, de raciocínio, de verbalização de idéias, etc.) que viabilizem às comunidades escolares de realizar um projeto de vida e de sociedade melhor.
O presente projeto Usando o Rádio na Escola visa levar à reflexão sobre a importância do Rádio na educação, considerando a avaliação dos principais atores de um projeto intitulado ¨Usando o Rádio na Escola¨, implementado agora no município de Altamira, demonstrando a visão da criança sobre o rádio quando ela mesma está envolvida no processo de criação e produção da mensagem radiofônica. A imagem que a criança faz de si, que faz dos outros de que faz do próprio rádio, assim como a imagem que ela pensa que os ouvintes fazem dela, pode ser analisada pela construção do seu discurso naquela situação, que é estranha ao seu ambiente convencional e, por isso, reage de forma diferente, porém, mostra sua visão de mundo e a exterioriza em um texto mais elaborado com cuidado com as estruturas gramaticais e com a seleção das palavras.
A concepção básica que sustenta esta pesquisa é a de que o discurso não é neutro, a língua não é o espelho da realidade, mas sua representação. Todo texto apresenta uma carga de significação implícita a ser recuperada pelo leitor/ouvinte, por ocasião da atividade de produção de sentido diretamente vinculada a seu contexto e historicidade. KOCH (1996, p.25), a este respeito, argumenta que
(...) toda atividade lingüística seria composta por um enunciado, produzido com dada intenção, propósito, sob certas condições necessárias para o atendimento do objetivo visado e as conseqüências da realização do objeto... Cabe ao ouvinte/leitor estabelecer, entre os elementos do texto e todo o contexto, relações dos mais diversos tipos, para ser capaz de compreendê-los em seu conjunto e interpretá-los de forma adequada à situação.
Foram objetos deste estudo depoimentos transcritos de entrevistas, questionários direcionado por mim: Nilson Costa Lima, em 2008, para elaboração de um projeto de TCC de Pedagogia, assim como transcrição de programas de rádio organizados pelas crianças no Projeto Usando o Rádio na Escola. A discussão proposta fundamenta-se numa revisão de conceitos que envolvem a temática, desde comunicação, rádio e cidadania, até os elementos da análise de discurso. A pesquisa caracteriza-se também como parte integrante do projeto intitulado ¨Mídias na Educação e discursos especializados na Comunicação¨, do Programa Pós-graduação em Mídias na Educação da UFPA, coordenado pelo Profº. Ocimar Marcelo Souza de Carvalho.
O Projeto Usando o Rádio na Escola se constitui numa proposta de educação para as mídias. A familiaridade com os equipamentos próprios da comunicação radiofônica, associada os exercícios de elaboração coletiva da programação a ser veiculada, permitirá à comunidade escolar da zona rural e ribeirinha construir seu próprio discurso, transmitindo a todos o que pensa, deseja e necessita para a melhoria das relações entre a comunidade escolar e seu em torno. Assim se constitui numa prática viva da cidadania, que contribui, certamente, para a construção de uma sociedade mais justa, formada por cidadãos capazes de decidir o próprio destino. Para a análise das falas das crianças, o conhecimento das condições sociais, culturais e cognitivas contribui decisivamente para a compreensão do porque de determinada mensagem, com determinado formato. Ao elaborar um texto, a partir de um a temática, o autor se coloca, selecionando palavras e argumentos, marcando sua posição diante do tema. Portanto, a análise de tais textos deve considerar não apenas os elementos lingüísticos, mas as suas condições de produção.

(...) é preciso levar em conta, simultaneamente, a enunciação – ou seja,
o evento único e jamais repetido de produção do enunciado. Isto porque
as condições de produção (tempo, lugar, papeis representados pelos in-
terlocutores, imagens recíprocas, relações sociais, objetivos visados na
interlocução) são constitutivas do sentido do enunciado; a enunciação
vai determinar a que titulo aquilo que se diz dito (KOCH, 1984,p. 15)

Desta forma, a pesquisa utiliza fundamentos de uma teoria do discurso capaz de conciliar a análise do texto, como sistema de regras explicativas de sua organização imanente – uma abordagem interna - , com o exame da inserção contextual do texto, considerado como pretexto do contexto – uma abordagem externa (BARROS, 2002, p. 135). O uso do rádio no espaço escolar constitui-se numa modalidade que possibilita a toda comunidade escolar a oportunidade de analisar, com critérios objetivos e a partir de um contato real com um meio de comunicação, a grande quantidade de informações que se recebe diariamente dos meios massivos. O rádio na escola torna-se um elemento que, enquanto ação educativa, prioriza a auto-estima e a autovalorização dos membros da comunidade, permitindo sua expressão, através da ampliação de sua voz, tornando-os agentes e produtores culturais.
O rádio na escola reforça um modelo comunicacional horizontal, democrático e participativo, na medida em que seus agentes de transformação são sujeitos. E é na prática interativa e co-participativa do diálogo, que o rádio ocupa espaço no universo comunitário escolar e extra-escolar. No processo que envolve comunicação popular, alternativa ou comunitária, mais importante que a produção que se faz a partir do uso dos meios são as relações que os sujeitos/atores sociais estabelecem nesse processo de construção. O diálogo, o comunicar, o expressar livre de idéias, as formas de participação, a inclusão dos elementos e a valorização das identidades e culturas são elementos significativos e expressivos nesse processo.
A construção da cidadania começa pelo respeito à diversidade de opiniões, saber ouvir e saber decidir coletivamente é, portanto, condição de participação. Nas rádios escolares, a pauta é construída no coletivo e, no exercício de sua construção, a ação dialógica torna-se elemento fundamental, como afirma FREIRE (1995, p.81) ¨A relação dialógica é o seio do processo gnosiológico¨. A comunicação, o diálogo, o estar em contato com os outros, e o desenvolvimento do espírito de criticidade, é o que concede ao ser a condição de existir. As crianças envolvidas neste processo de educação para o meio e pelo meio não têm consciência clara do conceito de cidadania, mas desenvolve a partir dos exercícios, uma forte visão de justiça social e de participação para inserção no poder instituído. Na reflexão de LUCKESI ( apud KUNSCH, 1986, p. 31).
Deve-se definir a cidadania como a possibilidade plena dos direitos e o exercício dos deveres por todos os membros de uma comunidade e/ou sociedade. Isso implica a realização dos direitos civis (liberdade de pensar, liberdade de expressar-se, liberdade de ir e vir etc.) dos direitos políticos (poder de escolher e ser escolhido para a direção dos bens sociais, modernamente o direito de votar e ser votado), e, finalmente, dos direitos sociais (direito ao trabalho, à alimentação, á habitação, ao lazer etc...). Por outro lado, a cidadania implica o exercício de deveres para a realização do bem-estar de todos os outros membros da sociedade, traduzidos em trabalho, produtividade, relações igualitárias, etc. Historicamente, a cidadania assim definida, ainda não se realizou e permanece sem do um ideal dos povos.
É certamente a partir da compreensão do conceito de cidadania que se insere o debate sobre o papel do rádio nas escolas, pois, dependendo do grupo social em que está inserida e da forma como este meio de comunicação for conduzido, certamente este poderá vir a ser um elemento importante para a construção de mecanismos de libertação. E é nessa perspectiva e reflexiva que o Projeto Usando o Rádio na Escola está inserido no contexto escolar, realizando novos produtos comunicacionais, transmitindo novas idéias e conceitos com palavras inerentes ao seu contexto lingüístico..
Desta forma, a comunicação, através do uso dos meios, deve ser percebida, não do ponto de vista tradicional, nos seus usos políticos e culturais cotidianos, nem como instrumento para abrir mercados de consumidores e favorecer interesses econômicos e políticos vinculados, direta ou indiretamente, aos donos dos veículos de comunicação, mas como um instrumento de luta, de fala dos oprimidos, instrumento que capacita os cidadãos ao exercício de sua cidadania, que venha a contribuir para a transformação positiva das condições de vida políticas, econômicas e sociais das pessoas.
Nesse sentido, as rádios que se desenvolvem em ambientes escolares possuem o privilégio de produzirem mensagens e divulgá-las a partir do conhecimento sistematizado numa aprendizagem que é coletiva e continuada e que está situada muito além da mera transmissão de informações. O contexto do Projeto Usando o Rádio na Escola.
Conhecer As condições de produção das falas analisadas é fundamental neste tipo de estudo que considera a linguagem como elemento de interação social. Assim, é preciso buscar o entendimento da totalidade, ou seja, o texto não pode ser entendido isolado do seu lugar na história, embora PINTO (1999) observe que é na superfície dos textos que o analista vai encontrar as marcas sociais deixadas na produção de sentido; na análise direta dos textos podemos encontrar os indícios que levarão a compreender as características do produtor, sua formação, suas crenças, ideologias e intenções.
Desta forma, passamos a contextualizar o Projeto Usando o Rádio na Escola, no sentido de nos comunicarmos para a análise das falas das crianças. ¨Podemos considerar as condições de produção em sentido estrito e temos as circunstâncias da enunciação: é o contexto imediato. E se as consideramos em sentido amplo, as condições de produção incluem o contexto sócio-histórico, ideológico (ORLANDI, 2003, p.30)
O Projeto Usando o Rádio na Escola é uma experiência pioneira no Brasil, que propõe a inserção de pequenas emissoras de rádio nos espaços escolares, objetivando o desenvolvimento de práticas educacionais mais solidárias e de espírito colaborativo, através do uso do rádio, dando assim, uma nova significação às relações pedagógicas tradicionais, um novo estimulo às pesquisas e às trocas de experiências acadêmicas escolares e extra-escolares. O Projeto Usando o Rádio na Escola está sendo desenvolvido a partir de agora em 2009, no município de Altamira – Pará tendo como público-alvo os educadores (pais e professores) e alunos do ensino fundamental, constituindo-se numa prática viva da cidadania, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa, formada por cidadãos capazes de decidir o próprio destino.
O Projeto Usando o Rádio na Escola foi entendido, portanto, como uma mídia comunitária que privilegia, em seu desenvolvimento pedagógico, o processo de construção de cidadania. Nesse sentido, evidencia-se a participação como mecanismo de transformação de crianças em cidadãos críticos e reflexivos, capazes de questionar os mitos e as crenças que, até então, estruturaram seus modos de pensar e agir. Cidadania, entendida enquanto um abrir caminhos para que haja progresso do ser humano, ¨competência humana de fazer-se sujeito, para fazer história própria e coletiva organizada¨ 9demo, 1995, p.20).
A ação dialógica constituiu-se elemento fundamental, reduzindo distâncias físicas e barreiras emocionais entre professores e alunos, alunos e alunos, professores e professores, direção e alunos, e entre funcionários, alunos e professores. Um vínculo cada vez mais dialógico passou a ocupar o ambiente escolar, permitindo que crianças desenvolvessem uma escuta reflexiva, uma fala questionadora e uma capacidade criativa de transmitir significados.
Pressupondo-se que cidadania não é algo que se adquire como uma mercadoria qualquer, mas que se constrói a partir da sensibilização, mobilização e conscientização dos seres humanos, transformando-os em sujeitos históricos cientes de suas próprias condições; a comunidade torna-se um elo fundamental para a construção e desenvolvimento do cidadão. A rádio escola com figura-se, dentão, em um projeto que propõe à comunidade escolar (professores, alunos, pais, direção, funcionários da escola, amigos da escola etc.) o uso do meio de comunicação – rádio, enquanto um acrescentador de sabor às relações pedagógicas tradicionais, um estimulador de pesquisas e trocas de experiências acadêmicas escolares e extra-escolares, um veículo facilitador do movimento de ensino-aprendizagem ampliando as formas de atuação do educador e do educando na relação pedagógica, um provedor de formas horizontais de comunicação, que valoriza e personifica seres e idéias, diminuindo distâncias físicas e aproximando os atores da comum idade escolar.
A rádio, no espaço escolar promove a participação dos cidadãos (alunos, professores, pais, funcionários etc.) e defende seus interesses à medida que denuncia e busca soluções para os problemas enfrentados pela sua comunidade.
A Fala das Crianças. A análise do discurso, no contexto deste estudo, foi utilizada com o instrumento metodológico para analisar o material selecionado, pois esta abordagem não se interessa tanto pelo que o texto diz ou mostra, ou seja, não é uma interpretação de conteúdos, mas procura evidenciar como e por que diz e mostra, ou seja que título que se diz é dito. Lembra PÊCHEUX (apud MAINGUENEAU, 2001, p. 11) que
(...) a análise de discurso não pretende se instituir como es-
pecialista da interpretação, dominando ¨o ¨ sentido dos tex-
tos, apenas pretende construir procedimentos que expo-
nham o olhar-leitor a níveis opacos à ação estratégica de
um sujeito (...) O desafio crucial é o de construir interpreta-
coes, sem jamais neutralizá-las, seja através de uma minú-
cia qualquer de um discurso sobre o discurso, seja no es-
estabilizado com pretensão universal.

Desta forma, as falas transcrita foram editadas e selecionadas como representantes do conjunto analisado. No quadro abaixo temos a representação de uma entrevista, da qual participavam duas crianças como entrevistadoras (a fala da pessoa entrevistada não se constitui objeto deste estudo).

Entrevistador 1
Boa tarde, meu nome é Andréia e estou entrevistando a Vereadora Mercês?
Entrevistador 1
Raimunda que que você ta achando da festa, que ta legal, ta chata, tam mais ou menos?

Entrevistador 1
A senhora é Odila Souza, ta dando aula do que?
Entrevistador 1
Então você educa as crianças
Entrevistador 1
Raiane ce quer perguntar alguma coisa pra ela
Entrevistador 2
Não é Denis, eu já conheço ela não preciso perguntar nada.
Entrevistador 1
Você sabia que na nossa escola tem uma rádio que a região inteira ta ouvindo?
Entrevistador 1
Qual é o período do seu trabalho?
Entrevistador 1
Obrigada, estou encerrando aqui porque se não a minha fita aqui vai acabar, muito obrigada e desculpe por alguma coisa.
Entrevistador 1
Manda uma mensagem pra todos que ta te ouvindo sobre a paz.
Entrevistador 1
Obrigada.

O primeiro aspecto relevante é a sintexe das frases, ou seja, a condição de entrevistador e de condutor do processo comunicacional, inclusive com o porte de um microfone ou gravador, determina uma postura especial, apreendida a partir do contato da criança com a mídia massiva. O mesmo procedimento se verifica das palavras e dos estereótipos trabalhados na mensagem, desde a abertura da entrevista e seu encerramento, até o uso do clichê ¨Manda uma mensagem... ¨. Cabe ressaltar, contudo, a espontaneidade da criança, intitulada entrevistador 2, quando se abstém de fazer a pergunta ao entrevistado por já conhecê-lo e o entrevistador 1 explicita o momento de terminar a entrevista pela questão técnica ¨(...) minha fita aqui vai acabar¨. Assim, os discursos das crianças no rádio e sobre podem ser estudados sob diferentes perspectivas: pelas características do veiculo, pelas características do público a que se destinam, pelas características do próprio locutor ou, ainda, pelas características do conteúdo veiculado. ¨Hoje, estamos cada vez mais convictos de que o midium não é simples ¨meio¨ de transmissão do discurso, mas que ele imprime um certo aspecto a seus conteúdos e comanda os usos que dele podemos fazer ¨.9MAINGUENEAU, 2001,p.71).
O próximo quadro traz algumas perguntas de uma outra entrevista, cujo foco era a formação escolar do entrevistado.


Entrevistador 1
É verdade que você tem pós-graduação?
Entrevistador 1
E você gosta de fazer isso?
Entrevistador 2
É, eu queria saber se precisa fazer faculdade pra ter pós-gradução?
Entrevistador 2
Pêra só um pouquinho, é faculdade do que?
Entrevistador 1
Obrigado, qual a mensagem que você dá pro aluno?
O pensamento é organizado pela posse e pelo uso da linguagem, vista como um processo, sempre em movimento e em constante reformulação, significando e ressignificando o universo de diferentes formas. Assim, a construção da mensagem seleciona recursos lexicais e sintáticos que revelam intenções e trazem informações implícitas, projetando posicionamentos do seu produtor e sua leitura do universo. Nesse sentido, a visão da criança sobre escolaridade não pressupõe um curso de pós-graduação, ou ainda, ser especialista é algo que não se aprende na escola, está reservada a alguém muito distante dela; daí a indignação e a necessidade de maiores explicações. Uma leitura mais atenta desta posição da criança já aponta indícios de sua inquietude frente ao desconhecido e sua potencialidade questionadora.
A seguir apresentamos uma síntese dos depoimentos das crianças avaliando o projeto.
Depoimento 1
É (Carlos Alberto), alegria! A gente faz o roteiro e depois fica alegre com o que fez. A gente fica satisfeito.
Depoimento 2
Eu sinto alegria também de estar apresentando o programa, como todo mundo deve estar agora.
Depoimento 3
Quando eu apresento o programa? Ah, sinto muito alegria sabe!
Depoimento 4
Gravar um programa Ruth Helena, é legal, porque tem todo mundo junto, tem os colegas e as colegas, a gente se reúne, é festa, é alegria. Ah! Tem um monte de coisa boa
Depoimento 5
Pra mim (Carlinha) o Projeto Usando o Rádio na Escola é uma coisa superlegal. È uma coisa criativa e a gente aprende as coisa rápido, eu acho superlegal. A gente aprende a mexer nas coisas, aprende a ligar o DVD, deck, gravador, rádio e televisão com controle remoto de o som. A gente aprende a gravar, a entrevistar. Enfim aprendi bastante com isso.
Depoimento 6
O projeto, ele ensina bastante.
Depoimento 7
Eu acho ( Raimundo) que é importante, porque é, uma coisa supercriatriva. Ensina as crianças entendeu? Nossa! É muito bom, pra mim é bom! É acho superlegal.

O rádio, como elemento propiciador de experiências educacionais diferenciadas, transformadoras e relevantes, pode transformar o ambiente escolar, ressignificando relações e ambientes. Neste sentido, pode-se observar que a crianças age muito espontaneamente, sem a formalidade que assume como entrevistadora, de tece um texto altamente argumentativo e avaliativo, repleto de adjetivos e de gírias próprias da sua faixa etária e do seu convivi o social.
A argumentatividade é um aspecto da análise de discurso a ser considerado nesta situação, confirmando a tese de que o discurso não é imparcial ou simplesmente descritivo, sempre lhe estão impregnadas de sentido:

A interação social por intermédio da língua caracteriza-se, fundamen-
talmente, pela argumentatividade. Como ser dotado de razão e vonta
- de, pó homem constantemente, avalia, julga, critica, isto é, forma juí-
zos de valor. Por outro lado, por meio do discurso – ação verbal dota-
- da de intencionalidade – tenta influir sobre o comportamento do ou-
- tro ou fazer com que compartilhe determinadas de suas opiniões. É
por essa razão que se pode dizer que o ato de argumentar, isto é, de
orientar o discurso no sentido de determinadas conclusões, constitui o
ato lingüístico fundamental, pois a todo e qualquer discurso subjaz
uma ideologia, na acepção mais ampla do termo (KOCH, 1995, p. 19).



A liberdade avaliativa presente no discurso da criança indica uma postura libertadora da escola que assume um projeto comunicacional em sua prática pedagógica;
Ao refletir sobre o sentido da prática educativa, vislumbra-se o rádio como um elemento potencial para a criação de uma clima positivo nas relações interpessoais, possibilitando uma ligação afetiva entre os atores envolvidos no processo de produção (locutores, técnicos, roteiristas, professores etc.). A capacidade de criar imagens, de estabelecer vínculos e desenvolver a prática dialógica em sala de aula, certamente, ressignifica o espaço escolar não apenas para os educadores, mas para educandos também.
Apresentamos a seguir um conjunto de perguntas elaboradas para um programa de entrevistas com uma ex-vereadora e naquele momento candidata à reeleição.
Abertura
Agora as alunas Cássia, Sonara, Elizabeth e o aluno Max vão entrevistar a Cleane
Entrevistador 1
Cleane como é trabalhar na Prefeitura?
Entrevistador 1
Quem começou a construção da pracinha?
Entrevistador 1
Se você ganhasse a eleição, você des..desin...Como fala?..É despoluía o rio do lado da escola?
Entrevistador 1
O seu partido é honesto ou não?
Entrevistador 1
Obrigado pela sua atenção?
Entrevistador 2
Agora teremos mais uma entrevista com a aluna Marcela
Entrevistador 3
Como você está achando a educação da zona rural?
Entrevistador 3
Obrigada
Entrevistador 1
Agora a aluna Cássia vai fazer outra entrevista com a Cleane
Entrevistador 3
Cleane, o que voc e acha do seu trabalho, ele é bom ou ruim?
Entrevistador 3
Agora o aluno Wiliams vai entrevistar a Cleane.
Entrevistador 4
Cleane aqui no projeto escola você ajudou
Entrevistador 4
Você gostaria de colocar outros projetos aqui na educação da escola
Entrevistador 4
Tem outros?
Entrevistador 4
Você gostaria de deixar uma mensagem pra zona rural?
Entrevistador 4
Obrigado pela atenção.


A abordagem da análise do discurso, especificamente no caso do discurso infantil no rádio, considera a multiplicidade das vozes do discurso, proposta por BAKHTIN (2002), que, neste contexto, deixa de ser uma abstração já que, efetivamente analisa-se um discurso unificado por seu meio de transmissão, mas para o qual poderiam contribuir diretamente diferentes sujeitos: alguns com orientações, em principio, comuns e outros com orientações eventualmente conflitantes às do primeiro. As falas das crianças deixam transparecer suas vozes de dúvidas em relação à atuação política da pessoa entrevistada, embora também transpareçam a situação de ensaio e formalidade que exige a experiência de falar no rádio, principalmente com pessoa considerada autoridade.
No caso, ora em análise, os sujeitos têm orientações comuns, são os professores orientadores na composição da matéria, os colegas envolvidos como sonoplastas e parceiros na entrevista, entre outros. Essas pessoas, que podem apresentar posturas diferentes e conceitos diferentes sobre o assunto em pauta, procuram uma sintonia, embora, em cada etapa do processo podem-se acrescentar elementos do conteúdo. O programa provavelmente é de uma reunião de pauta, onde foram discutidas as diretrizes gerais para sua execução, posteriormente discussões similares devem ter ocorrido no momento de audição em sala de aula e fora dela. Assim, o processo de produção visa unificar vozes, cujo resultado é a harmonia do conjunto que é recebido pelo ouvinte do programa.
Por outro lado, pessoas desligadas do processo institucional de produção dessas matérias também contribuem para seu conteúdo, no caso, o entrevistado contribui para a construção das perguntas e na construção da dinâmica da entrevista, embora e inexperiência infantil resulte em texto bastante fragmentado, como se o entrevistador tivesse ficado satisfeito com as respostas que recebeu, interrompendo o diálogo com frases feitas do tipo: ¨obrigado pela atenção¨.
A afirmação de SANTAELA (1995, p. 330) é pertinente para sustentar a abordagem de que toda fala traz, explicita ou implicitamente, determinados posicionamentos, como vimos nos exemplos acima analisados: ¨As linguagens não são inocentes nem inconseqüentes¨. Toda linguagem é ideológica, porque ao refletir a realidade, ela necessariamente a refrata. Há sempre, queira-se ou não, uma transfiguração, uma obliqüidade da linguagem em relação àquilo a que ela se referente¨. No contexto analisado nesta pesquisa pôde-se observar que os posicionamentos embutidos nas falas nem sempre podiam se explicitar, primeiramente devido à situação formal que se criava quando a criança era responsável pela argüição de pessoas adultas e muitas vezes distantes do seu cotidiano, depois pela própria situação de sua fala ser veiculada pelo rádio. Ressaltamos que neste estudo é primordial entender que o enunciado vai além de uma simples frase e só tem valor na medida em que é analisado considerando o contexto em que está inserido. Portanto o enunciado é um fenômeno histórico a ser observado e identificado.
Já que não existe texto neutro, sempre há interesses em torno de uma questão. Segundo PECHEUX (1975) o discurso não surge no vazio. O discurso remete à formação discursiva que o originou e que é marcada por uma ideologia ali embutida. Na origem do processo discursivo há uma formação discursiva permitindo as condições de sua de existência.
No presente projeto usando o Rádio na Escola, para entender As falas das crianças no Rádio como síntese de um posicionamento social frente à Escola, frente ao Projeto, frente ao Rádio e frente a si mesmas e a sua comunidade, foi necessário abordar questões que se referem às condições materiais de produção do discurso e a atitude pragmática na sua construção: ¨os contextos dependem da construção do sentido entre os interlocutores, do mesmo modo que os sentidos sofrem coerções dos contextos¨ (ARAÚJO, 2000, p. 140).


Considerações finais
A criança envolvida no processo de produção radiofônico-escolar está em constante relação com o ambiente sócio-cultural que a circunda, conforme se verificou ao analisar suas falas, ora relacionando-se com os colegas, ora com professores e ora com autoridade e políticos do município. Este envolvimento é capaz de transformar a criança e a sua realidade, deixando de ser apenas consumidora passiva de produtos culturais elaborados pelo mercado massivo, incluindo-a socialmente pelo seu potencial produtivo, como sujeito que pensa, reflete, interfere, vivencia e divulga, através de suas prorpias produções, usando o rádio como meio potencializador de suas ações.
O rádio, como esse elemento potencializador, inserido no processo ensino-aprendizagem pode contribuir sendo uma porta de entrada ao conhecimento de novos estilos, formados, linguagens, histórias de vida e tudo o mais que a criatividade na diversidade permitir.
A análise do discurso possibilitou-nos reconhecer na fala da criança a imagem que construiu de si mesma como se participante e feliz; a imagem que constituiu do Projeto Usando o Rádio na Escola e do próprio rádio como veiculo indispensável para sua socialização participativa. Da mesma forma, a autonomia ao elaborar e conduzir a produção dos programas radiofônicos era entendida como crédito na sua capacidade, ou seja, a visão que os outros fazem desta pessoa era muito positiva e ela jamais decepcionaria.
Embora as falas analisadas sejam muito pontuais e recortadas, foi possível entender que a criança se reveste dos estereótipos sociais ao falar no rádio, mas não se anula, de forma que seu posicionamento pôde ser desvelado em várias situações
O uso do rádio no espaço escolar constitui-se numa modalidade que possibilita a toda a comunidade escolar a oportunidade de analisar, com critérios objetivos e a partir de um contato real com um meio de comunicação, a grande quantidade de informações que se recebe diariamente dos meios massivos.
A educação pode, através das emissoras de rádio escolares, contribuir para o desenvolvimento de competências e habilidades ( capacidade de síntese, de verbalização de idéias, etc) que viabilizem as comunidades escolares condições de realizar um projeto de vida e de sociedade melhor.
As práticas radiofônicas se juntarão as práticas pedagógicas e serão desenvolvidas nas escolas da zona rural e ribeirinha, em Altamira, e demais experiências correlatas que vêm sendo desenvolvidas no país inteiro, renovam e reestruturam o sentido e a história de vida de cada participante da comunidade escolar, estabelecendo uma constante relação com o ambiente sócio-cultural que circunda crianças e escola, promovendo a inclusão social desse sujeito que o permite e permitirá interferir os rumos de sua comunidade próxima e deste país.

A Escola como espaço de mediação da cidadania

Nos últimos anos, temos observado que a educação é convocada a ocupar papel relevante nas agendas governamentais, devido, sobretudo, às rápidas e profundas mudanças que vêm ocorrendo no mundo, em decorrência dos impactos produzidos pelos avanços da ciência e da tecnologia, isto é, das novas invenções como a robótica, a computação, a biotecnologia e a automação industrial, que requerem a formação de um novo tipo de profissional.
A virada do século está marcada por exigências que demandam a efetiva contribuição da educação, sobretudo quando defendemos a formação individual autônomos, críticos, criativos, capazes de assumir a sua condição de sujeitos de direitos. Por conseguinte, uma educação para a cidadania.
É nessa perspectiva que situamos o importante papel da escola como um espaço privilegiado de educação formal, na medida em que ela seja capaz de oferecer um ensino de qualidade e tenha, em seu projeto político-pedagógico, a preocupação com o desenvolvimento pleno das potencialidades do individuo, valorizando a dimensão do trabalho, do lazer e das artes. Um espaço, portanto, de formação e exercício da cidadania, da prática da participação e da construção da democracia.
Isso porque a tarefa de qualificar as novas gerações para a sociedade da informação ou do conhecimento, de forma vinculada ao exerci cio pleno de sua cidadania, requer a urgente reconstrução de sua forma de ser, tornando-a um espaço viv o e prazeroso, em que a prática da criatividade, do senso crítico, da participação, seja uma constante em seu cotidiano.






Referências Bibliográficas
ARAÚJO, Inesita – A Reconversão do Olhar, São Leopoldo, Ed. Unisinos, 2000
ARAYA BARBOZA, Marco Túlio Y SIERRA MEJÍA, Alberto. El Corresponsales comunitários. San José, Costa Rica: Rádio Nedeland, 1999.
BAKHTIN, Mikhail, Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Huctec e Anna Blume, 2002.
BARROS, Diana Luz Pessoa de. Teoria do discurso: fundamentos semióticos. 3ª Ed. São Paulo: Humanitas/FFLCH/USP, 2001
DEMO, Pedro Cidadania tutelada e cidadania assistida. Campinas, SP: Autores Assoc iados, 1995, FREIRE, Paulo. A sombra desta mangueira. São Paulo: D’ Água, 1995.
KUNSCH, Margarida M. Krohling. Comunicação e educação caminhos cruzados. São Paulo: Loyola, 1986.
KOCH, I. V. O texto e a construção dos sentidos. São Paulo: Cortez, 1984,
KOCH, Ingdore Vilhança. A Inter-ação Pela Linguagem. São Paulo. Contexto, 1996
MAINGUENEAU, Dominique. Análise de textos de comunicação. São Paulo: Cortez, 2001.
ORLANDI, Eni Puccinelli. Análise de discurso: princípios e procedimentos 5ª Ed. Campinas. SP: Pontes, 2003.
PÊCHEUX , Michel. Aanálise do Discurso. Paris; Larousse, 1975.
PINTO, Milton José. Comunicação e Discurso. São Paulo: Hacker Editores, 1999.
SANTAELLA, L. Produção de linguagem e ideologia. São Paulo: Cortez, 1996.
.........................................................................................................................................................
Dados do autor: Nilson Costa Lima
* SemInário Superior de Teologia e Filosofia = SESUTF/MT
Faculdade Pan Americana – FPA/PA (Pedagogo)
Universidade Estadual Vale do Acaraú- UVA – CE (Historiador)
Universidade Federal do Pará - UFPA/PA ( Cursando: Pós-Graduação Mídias na Educação)







COODERNAÇÃO PEDAGÓGICA DE EDUCAÇÃO RURAL E RIBEIRINHA-ALTAMIRA


¨Tudo o que a gente puder fazer no sentido de convocar os que vivem em torno da escola, e dentro da escola, no sentido de participarem, de tomarem um pouco o destino da escola na mão, também. Tudo o que a gente puder fazer nesse sentido é pouco ainda, considerando o trabalho imenso que se põe diante de nós, que é o de assumir esse país democraticamente.

Paulo Freire




DIREITOS HUMANOS E EDUCAÇÃO

O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, CMDCA, como espaços de reflexão de temáticas que se acham diretamente ligadas ao cotidiano da ação educativa escolar, devem ter, entre seus compromissos, a abordagem de questões relativas aos Direitos Humanos. Isso se justifica pelo fato de que, hoje, essas questões ocupam lugar importante tanto nas agendas políticas municipais, regionais, nacionais e internacionais, como em organismos de alcance mundial.
Por causa da relevância dos Direitos Humanos para a educação, torna-se necessário que o Conselho Municipal dos Direitos da criança e do Adolescente: CMDCA, conheçam a trajetória de sua construção no fazer histórico do homem, entendendo como os mesmos foram se configurando até o presente momento e sendo capazes de reconhecer que a garantia de sua aplicação se impõe como uma condição básica para que as comunidades, sociedades e nações estejam situadas no campo das novas democracias.
O processo de democratização a que hoje assistimos na maioria dos países que, na sua história recente, foram marcados por regimes autoritários, abre espaços não apenas para a afirmação de direitos, como também assume publicamente a pretensão de reparar as violações de Direitos Humanos cometidas nos anos de autoritarismos que aconteceram no Brasil e no conjunto dos países da América Latina, assim como as violações cometidas ao longo da história do país, legitimadas pelo cultura escravocrata, machista e patriarcal, que atingem principalmente as crianças, adolescentes, negras, indígenas e as mulheres.
Esse avanço se observa em Altamira, Pará e no Brasil, especialmente a partir da última década, a medida que governos de tradição democrática se tornaram signatários dos pactos municipais, nacionais e internacionais de Direitos Humanos. Pretende-se que os Direitos Humanos deixem de ser uma questão de governo e passem a ser uma questão de Estado.
Assim, educação e Direitos Humanos possuem uma íntima e estreita relação, cabendo aos Conselheiros Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente – CMDCA, serem agentes motivadores de sua reflexão, difusão e implementação nas práticas educativas escolares, sociais e culturais.
A conquista desses direitos foi o resultado da organização social e das lutas travadas pelas melhorias das condições de vida de parte da sociedade. Essas lutas devem ser iniciativa de toda a sociedade e devem buscar melhorias para todas as pessoas.

Profº. Nilson Costa Lima
CMDCA
















PROFESSOR: NILSON COSTA LIMA
PROJETO: USANDO O RÁDIO NA ESCOLA
COORDENAÇÃO PEDAGOGICA ZONA RURAL E RIBEIRINHA
PROMQ


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USANDO O RÁDIO NA ESCOLA
Terça-feira, 28 de abrilde 2009
REUNIÃO...
A equipe técnica do projeto esteve reunida na última quinta-feira (23/05/09) no ramal Monte Santo na Escola Municipal de Ensino Fundamental São Pedro e definindo algumas questões, dentre as quais a programação dos recreios que reiniciam nesta semana... E ainda a Iª Feira de Ciência dos de série inicial a 4ª séries que será no próximo sábado (01/09/2009.
Sábado,23 de MAIO de 2009
MURAL DE RECADOS...
Olá... Passei por aqui e acheinilson_costa_lima@yahoo.com: maneiroTexto: maneiroFotos: maneirasProjeto: maneiro: Usando o Rádio na Escola

fui...Williams- aluno da 4ª série da Escola São Pedro
Quarta-feira, 20 de MAIO de 2009
BREVE HISTÓRICO
O Projeto Usando o Rádio na Escola surgiu no ano de 2007, foi idealizado por mim Nilson Costa Lima (na época fazia o último semestre de Pedagogia) a partir da Feira Cultural Cientifica, onde os alunos foram beneficiados com uma programação de entretenimento e informação para todos os gêneros.
Em 2008, o projeto ganhou forças a partir da participação da coordenação no 4º Festival Folclórico para Crianças e Adolescentes que aconteceu no Cas da cidade de Altamira e é considerado o maior evento de discussões sobre o Folclórico infanto-juvenil da Região do Xingu. No mesmo ano uma parceria foi firmada com a Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA para execução da votação nas escolas estaduais como projeto piloto. Neste ano muitos trabalhos foram feitos para que a marca do projeto pudesse ser divulgada e conhecida.
No ano de 2009, o projeto ganhou apoio da Secretaria Municipal de Educação, Desporto e Cultura e da Coordenação Pedagógica de Educação Rural e Ribeirinha que contribuiu financeiramente para a compra dos equipamentos de rádio/estúdio e de diversos materiais de divulgação para o projeto. No mesmo ano então deu inicio no trabalho de produção e veiculação do programa de Usando rádio em sala de aula com duração de 30 minutos onde os professores recebiam uma cartilha pedagógica para acompanharem os temas a serem discutidos nos programas. O Projeto se fez presente no I Encontro Vozes Jovens no Bairro de Brasília que foi realizado pela turma de História da UVA com o apoio da Prefeitura Municipal de Altamira e recebeu incentivo da Vereadora Mercês Costa por meio da Câmera Municipal que acompanhou o desenvolvimento de todo o trabalho ao longo do ano.

Em 2009, o projeto recebeu convite da Coordenação Pedagógica Geral da Zona Rural de Educação da SEMEC/Altamira e expandiu para mais 10 escolas da Rede Municipal de Ensino em Altamira, foram as escolas: Santa Teresinha, Fernando Guilhon, São Luiz, Joelina Pedrosa, São Raimundo, Santa Maria, Cajueiro, Cajituba, Lages do Xingu e Piranhaquara, que tiveram a oportunidade de participar desta rede de veiculação do programa de rádio em sala de aula.
Texto e Fotos: Arquivo do Projeto
2008
Equipe Técnica do Projeto - Ano 2008

Equipe: Usando o Rádio na Escola 2009
COORDENAÇÃO:Prof. Nilson Costa LimaOPERAÇÃO DE ÁUDIO:WlliamsMaxCássia RaimundoPRODUÇÃO:RayaneDenisCarlos AlbertoCarlinhaCleaneLOCUÇÃO:AlbertoJoão Carlos

PROGRAMAÇÃO DOS RECREIOS
Segunda do LançamentoTerça do Pop/RockQuarta da Cultura e da FéQuinta do Forró/CalipsoSexta Love

MÚSICAS MAIS TOCADAS NAS RÁDIOS DO BRASIL
Deixo - Ivete Sangalo
De blusinha branca - Papas da Língua
Deixa isso pra lá - Lulu Santos
Pensando em Você - Pimentas do Reino
Razões e Emoções - NXZero

ACESSE
Rádio Rural de Altamira - AM
* Projeto Usando o Rádio na Escola
Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente: CMDCA
Fundo das Nações Unidas para Infância - UNICEF

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PARCERIAS
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