domingo, 14 de junho de 2009

A CONSTRUÇÃO DA AUTORIDADE E A FORMAÇÃO DE VALORES: AÇÕES DA COORDENAÇÃO

Coordenador Pedagógico: Nilson Costa Lima. A autoridade, conforme já dissemos, é construida nas práticas sociais, em um movimento permanente que leve em conta as necessidades, os dedsejos, os valores dos atores em interação. Logo, ela não está dada, a não ser que se queira mantê-la como lugar do poder.
É preciso que se invista na construção da autoridade, e, segundo o que vimos aprsentando, isso implica invdestir na formação de valores como o respeito, a responsabilidade, a admiração e a autonomia.
Entedemos que o coordenador é o profissional que pode tomar para si a tarefa de desenvolver processos que viabilizem essa construção e essa formação. Ele pode ser o mediador desse processo, aquele que o propõe e o coordena, mas não é o responsavel único por ele, o que deve ser assumido por toda a equipe. De que forma?
Um coordenador comprometido com o seu papel de educador, cujos principios da educação democrática constituem sua concepção do que deve ser a educação, investirá na construção de uma autoridade que exclui a coerção como meio de conquista, exercitando a responsabilidade, o auto-respeito, a autonomia. Utilizará a auto-avaliação, buscando o desvelamento de seus próprios valorers, investindo na formação de educadores, favorecendo processos de auto-avaliação. Esses processos têm de se voltar para a auito-avaliação do ser, do que cada um tem sido, e não para uma auto-avaliação das ações, do que se tem feito, do que aparece externamente, como atividade.
A partir de então, de um exercicio constante de reflexão sobre os valores proprios e do outro, sobre como os valores se constigtuem no processo de constituição do sujeito, será possivel se voltar para a discussão da autoridade, também em um processo auto-avaliativo, em que a autoridade de cada um e do que cada um tem sido emerja.
Em contraposição, o que acontece c om a construção de valores quando um coordenador se auto-avalia como autoritário, é visto como autoritário pelos demais, concorda com essa avaliação, entdende que esse é o único meio de fazer as coisasd funcionarem e não se sente mal com esse autojulgamento? Suponhamos que ele saiba que esse tipo de zautoridade impede o desenvolvimento da autonomia e da res´ponsabilidade pelos demais atores do processo educativo, que obedecem a suas ordens por medo do que lhes possa acontecer e não porque o respeitam ou admiram.
Soponhamos, também, que os demais atores do processo educativo aparentemente concordem com suas açoes e imposiçoes, mas que ele saiba que precisarão ser fiscalizados e cobrados permanentemente, visto que esse tipo de autoridade os regula apenas externamente.
Suponhamos, finalmente, que esse mesmo coordenador tenha clareza de que as relaçoes que ele desenvolve com sdeus educadores são, via de regra, reproduzidas por todas as equipes, inclusive a discente, sem que, muitas vezes, elas percebam que as estão reproduzindo. Ndeste caso, também os alunos estarão submetidos as consequencias dessa caracteristica de autoridade, e a formação de valores positivos poderá não se concretizar.
Se, ainda assim, tendo clareza dos tres supostos acima, esse coordenador ficticio escolhe esse modo de exercer sua autoridade, podemos inferir que seus valores, ou seja, as imagens com que se representa, estão de acoedo com os principios de um educação autoritária e ssa forma de representar-se constitui-se em motivação para suas ações futuras. Nesse caso, ele não veria essas ações como ferindo a ética ou a cidadania. Isso porque,, no conjunto das representaçoes de si, nosso coordenador ficticio teria valores não morais: parecer competente, fazer que todos o obedeçam, ser julgado como bom coordenador, ter status e poder seriam valores centrais nesse conjunto, em detrimento da responsabilidade, do compromisso, da ética, do auto-respeito, da justiça. Logo, não parecer competente os olhos do outro e de si proprio geraria o sentimento de vergonha não-moral.
Analisando os dois exemplos de açoes auto-avaliativas de coorddenadores, observa-se, em primeiro lugar, que a auto-avaliação não é suficiente para garantir a construção de valores positivos, mas é um ponto de partida importante. Observa-se, ainda, que o grande problema é a diversidade de valores com os quais cada um dos coordenadores se representa, o que interfere, de maneira inconteste, na forma como exercemos a docencia, a autoridade.
Lidar com essas diferenças e tomá-las como mais uma razão para a auto-avaliação permanente, considerá-las na elaboração dos projetos de trabalho, de planejamento e, sobretudo, nas relaçoes com os outros é também algo em que o coordenador terá de investir, a partir da observação de suas diferenças e do exercicio do respeito em seus encontros com os educadores.
Uma segunda ação para a construção da autoridade e a formação de valores passa pela discussão coletiva do projeto politico pedagogico da escola, em que a formaação de valores de a ações necessárias para ela constituem propostas focadas tambem na identificação das relaçoes pedagogicas que a escola precisa construir, a partir do pressuposto da compreensão e do respeito pelo outyro e seus valores.
Mas como comprrender e respeitar os valores dos outros?
Essa seria a temática da terceira linha de ação do coordednador.
Um músico de uma banda de jovem de Belem, em entrevista recente, dizia o seguinte: ¨Nós nos juntamos pela afinidade, por que tinhamos um objetivo em comum, e não porque éramos iguais. Só que a afinidade era ssomente o começo, o ponto de partida para desconbrirmos as diferenças de cada um, e crescer com elas. Quando descobrimos que somos diferentes podemos comprrender as razões de cada um, as motivaçoes para as atigtudes, e não mais avaliar somente atitudes¨.
Essa fala traduz o que entendemos por valores e seu processo de constituição, formação. É esse modo de ser, como singular no grupo e como grupo no singular. Som,ente podemos investir na formação de valores, sem correr o risco de cair no autoritarismo, em que valores de grupos hegemonicos seriam impostos como os melhores e únicsos passiveis, ou na tirania de determinados grupos que querem fazer valer seus valores e qualquwer custo. Valores se constroem na interação, no exercicio contidiano: os morais e os não-morais ( ou até imorais)m os ndegativos e os positivos. Refletir sobre eles e agir em conformidade com os valores com que se representa é a possibilidade que se vislumbra, em uma instituição em que autoridade e valores se relacionem, reciprocamente, csonstituindo-se e constituindo alunos e educadores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário