domingo, 14 de junho de 2009

Escolhendo generos textuais para ensinar na escola

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terça-feira, 05 de maio de 2009
Formação Continuada IAS Foco IAS – Coordenadores Pedagógicos
A partir das oficinas de Alexsandra Meirelles, Jerson Olívio, Cristiana, Kátia Simone, Rose, Nilson Costa, Raimunda oliveira, Osvaldina, Cecília Batista,Antonia Dalva, e dos jovens mediadores das escolas municipais: Socorro Rocha, Edilon Santos, Marcia, Valquiria Dias, Valquiria Bory, Jamerson, Ducila Almeida ,e Maria Célia fizemos um levantamento parcial das exibições e temos o seguinte resultado: de 02 a 05 demaio, 6 vídeos diferentes foram apresentados para 6 grupos, seguidos de roda de conversa, para 65 pessoas.
Seguimos com a nossa formação continuada até 25 de junho, dia da mesa redonda e depois os videos continuarão a ser usados em nossas atividades de educação continuada: Escolhendo gêneros textuais para ensinar na escola.
Momento de reflexão no encontro.
Kátia Simone, Cristia na, Raimunda, Ducila e Osvaldina
Escolhendo gêneros textuais para ensinar na escola
Heloisa Amaral

O homem não faz nenhuma ação em sociedade, por mais simples que seja, sem se comunicar. As atividades humanas têm semelhanças entre si e podem ser agrupadas: áreas específicas de cada de cada um dos trabalhos que a humanidade faz, áreas das atividades cotidianas, área religiosa. A língua, vista dessa maneira, e vida, porque se transforma continuamente quando é usada nas comunicações entre as pessoas. Ao ensinar a ler e a escrever, é possível trabalhar com a língua viva, como é usada no dia-a-dia.
Esse modo de ver a língua é muito diferente do tradicional. Nos procedimentos tradicionais, a língua é tratada como uma coisa morta em partes. O aluno aprende sílabas numa época, substantivos na outra, análise sintática mais tarde. As aulas de gramática não são ligadas com as aulas de redação. As aulas de redação parecem não ter nada a ver com a aprendizagem da leitura. As capacidades de leitura são consideradas ¨naturais¨, como se, ao aprender a decifrar nas letras e as silabas, o entendimento de todo e qualquer texto estivesse garantindo. Essa divisão do ensino de língua em gramática e ortografia, redação e leitura torna as aulas estáticas e o aprendizado segmentado. O aluno não vê ligação entre as partes, é uma língua que não está em funcionamento nos momentos de comunicação. É apenas um objeto de estudo
Capacitação dos Superintendentes e coordenadores pedagógicos
Ao ensinar uma diversidade de gêneros na escola, por mais simples que eles sejam (como uma receita culinária, por exemplo), todas as palavras e letras ganham significação. A leitura, a gramática, a ortografia e até mesmo a produção escrita assumem sentido porque estão ligados pelo uso. O aprendizado da língua deixa de ser fragmentado e o ensino de ortografia e gramática é associado aos procedimentos para ampliar o letramento dos alunos. Sabemos que, se o aluno não sair da escola com bom grau de letramento, não está preparado para compreender o mundo. Um bom grau de letramento é conseguido quando dominamos muitos gêneros textuais. Isso acontece porque os gêneros são representativos das áreas de atividades humanas em que são produzidos e com as quais temos que entrar em contato cotidianamente, de modo direto ou indireto.
Um bom parâmetro para ter uma idéia de como temos que lidar com muitas áreas de atividades humanas todos os dias, de uma maneira ou de outra, é a programação de televisão (que é uma ampla área de atividade humana), com qual nós e nossos alunos temos contato muitas horas por dia. Essa programação pode ser usada como um ¨painel¨ para observarmos quanto precisamos nos apropriar de diferentes gêneros para compreendermos o que é transmitido e sermos críticos em relação às idéias que nela circulam. As ver a noticia de uma manifestação pública contra um chefe de estado, por exemplo, não basta que o aluno grave na memória quem participou dela, onde aconteceu. É preciso que ele entenda as ligações que esse acontecimento tem com a política internacional, com a vida em sociedade. Ser letrado, então, não é somente ser capaz de decifrar um bom número de textos orais ou escritos, é a capacidade de compreender as informações que esses textos trazem e de fazer relações entre elas.
Momento de formação continuada dos professores do município de Altamira - Pará
Então, podemos dizer que precisamos de um alto grau de letramento para assistir televisão com proveito. Isso acontece porque, embora transmitidos oralmente, os gêneros que dão origem aos programas de TV são preparados anteriormente por escrito. Todos os programas têm um roteiro escrito como base. Muitas vezes são inspirados em livros de todos os tipos, ou em leis, ou em gêneros médicos, ou em receitas culinárias, ou em artigos esportivos e regras de jogo, outras vezes reproduzem os gêneros que circulam em jornais impressos. Ou seja, a escrita fundamenta todos os programas de televisão.
Os exemplos acima mostram como as áreas de atividades humana e suas linguagens se interpretam e como os gêneros textuais próprios de cada uma delas podem circular também em outras áreas, pelo fato dos homens viverem em sociedade e circularem por diferentes áreas de produção de linguagens, ¨carregando ¨ os gêneros para lá e para cá, para servirem às suas necessidades de comunicação.
Com o exemplo da necessidade de alto grau de letramento para ver televisão, podemos avaliar quanto precisa ser alto o grau de letramento para que possamos exercer plenamente nossa cidadania.
Os gêneros textuais e o ensino da língua
Momento da visita do Prof. Nilson Costa (EMEF. São Pedro)
Se os gêneros textuais são tão importante para o letramento e para a cidadania, mas são em número infinito, quais devemos escolher para incluir no currículo escolar? A primeira reflexão que precisamos dizer é que muitos deles não precisam ser ensinados na escola e outros precisam ser ensinados na escola.
Os gêneros cotidianos como os da área familiar, por exemplo, não precisam ser ensinados de forma sistemática. São aprendidos no uso, com a interação com adultos que os dominam. Então nesse caso as formulas de gentileza como dizer bom dia, obrigado, como vai, etc., que os pais costumam ensinar aos filhos. Já os gêneros das áreas mais especializados, como a literária, ou a jornalista, precisam de ensino sistematizado.
De um modo geral, em situações de comunicação informais, cotidianas, usamos gêneros que não precisam de muito planejamento para ocorrer. Esses gêneros são os que chamamos de gêneros primários e não precisam de ensino escolar para que os alunos aprendam.
Como exemplos de áreas de atividade humana mais especializadas, que produzem gêneros que precisam de planejamento para existir, podemos citar a área de produção literária, a área jornalística, a área jurídica, a área cientifica, medica, a publicitária, etc. Os gêneros mais formais dessas áreas de atividades humana são chamados de gêneros secundários.


São áreas de atividade humana que produzem gêneros que a escola precisa ensinar:
1. Área literária
O domínio dos gêneros literários é muito importante porque eles dão ao aluno conhecimento de mundo de forma agradável e ao mesmo tempo profunda. Na área literária, embora os gêneros sejam muitos e diversos, vamos encontrar situações de comunicação e de produção de linguagem semelhantes: escritores produzindo textos com a finalidade de encontrar, divertir ou fazer pensar seus leitores. São gêneros literários os contos dos mais diversos tipos, os romances, as crônicas, os poemas, as memórias, por exemplo. A escola básica ensina esses gêneros há muito tempo, embora não use, em geral, a metodologia da seqüência didática.

2. Área Jornalística
Os gêneros jornalísticos são imprescindíveis para o letramento. Nessa área, as comunicações humanas são muito abrangentes, unindo, de certa forma, pessoas dos mais diferentes países e regiões, possibilitando uma visão ampla do mundo. Nessa área, encontramos gêneros como noticias, reportagens, artigos de opinião, crônicas jornalísticas, editoriais, entrevistas, debates de muitos outros. Os gêneros da área jornalística são ensinados nas escolas com bastante freqüência nas últimas décadas, porque se acredita que pessoas que pessoas desinformadas não têm condição de exercer plenamente sua cidadania.

3.Área jurídica
Os gêneros dessa área são muito relevantes à vida social. Nela, vamos encontrar promotores, juizes, advogados, escrivães, produzindo gêneros como contratos, peças de defesa para tribunais, artigos de lei, etc., que permitem às pessoas regularem seus atos como cidadãos e seus negócios. As pessoas comuns estão o tempo todo assinando contratos jurídicos, como os de aluguel ou de financiamento para compra de eletrodomésticos. Muitas vezes estudamos gêneros jurídicos com os alunos. É o caso do estudo do Estatuto da Criança e do Adolescente e do estudo de contratos. Estudando gêneros jurídico, os alunos podem compreender melhor seus direitos e lutar por eles.

4. Área publicitária
Gêneros dessa área vêm freqüentando há algum tempo os manuais escolares. Seu estudo é importante para a formação do espírito critico, da reflexão sobre o consumismo que aliena as pessoas, para a defesa do consumidor.

5. Área cientifica

alunos pesquisando mural da escola Gêneros textuais provinientes da área cientifica são indispensáveis na escola. Alias, podemos dizer que a escola existe há muito tempo porque sempre foi consenso de que tanto eles como os gêneros necessitam muito trabvalho de ensino para que os alunos os aprendam. Para lê-los e estudá-los com proveito, os alunos precisam desenvolver capacidades de leitura especiais, já qjue esses são gêneros produzidos juntamente com pesquisas cientificas muito elaboradas, o que pode torná-los distantes demais do aluno. Estão nesse caso os enunciados de problemas, os textos de ciência, de história, de geografia. Os professores dessas áreas precisam conscientizar-se de que sem sua participação no ensino de leitura dos gêneros específicos, os alunos pouco irão aprender em suas disciplinas.

6. Outras áreas
Há esferas em novas atividades humanas e novos gêneros se impõem pela abrangência e amplidão que seu uso tem. Uma dessas esferas de atividade novas, a Internet, por exemplo, trouxe gêneros como o blog, o e-mail ou a linguagem abreviada usada nas salas de bate-papo. É importante refletir sobre o uso dos gêneros da Internet na escola, uma vez que adolescentes e até mesmo crianças usam esses gêneros cotidianamente. Uma outra área importante é a área médica. Conhecer seus gêneros, como bulas e receitas, ou mesmo artigos médicos sobre doenças transmissíveis é importante para a defesa da saúde.
Poderíamos continuar a nomear gêneros e esferas sem encontrar um fim para isso porque enquanto houver novas esferas de atividade humana, novos gêneros estão nascendo. O importante desta reflexão, porém, é que o professor se conscientize de que é preciso diversificar o ensino de gêneros textuais na escola para ampliar as capacidades de leitura e escrita de seus alunos. Dominar diversos gêneros dessas importantes esferas que comentamos permite que o aluno se comunique com elas com facilidade.
Assim, quanto mais gêneros estudarmos com eles, muitas estaremos contribuindo para que seu grau de letramento se amplie e mais estaremos contribuindo para que eles sejam cidadãos mais conscientes e atuantes.
Planejando o Ensino da Língua
A orientação para o trabalho de ensino de língua a partir do uso de diferentes gêneros textuais no ensino fundamental é relativamente recente. Embora as pesquisas nessa área sejam anteriores, é com os PCNs de Língua Portuguesa que essa proposta de trabalho começa a circular em âmbito nacional. De acordo com as orientações dos PCNs, os diferentes gêneros textuais devem ser trabalhados no ensino fundamental, desde as séries iniciais.
No Brasil, desde meados da década de 90, circulam artigos, teses, livros e materiais didáticos inspirados nessa abordagem. Essa produções procuram explorar diferentes aspectos do trabalho com gêneros textuais. Um desses aspectos estudados é a progressão curricular em espiral dos gêneros n o ensino de lingua, que procura responder a uma pergunta que se repete entre os professores: quais os gêneros mais adequados para cada série o ensino fundamental.
As propostas de progressão curricular resultantes desses estudos têm como parâmetro, em geral, um quadro publicado no artigo Gêneros e progressão em expressão oral e escrita: elementos para reflexões para uma experiência suíça, descrito por Joaquim Dolz e Bernard Schneuwily em 1996. Nele, os autores propõem agrupamentos de gêneros Narrar, Expor, Argumentar, Instruir e Relatar, organizados pelas semelhanças que as situações de produção dos gêneros de cada um dos agrupamentos possuem.


AGRUPAMENTO DDE GÊNEROS
DOMINIOS DDE COMUNICAÇÃO ASPECTOS TIPOLOGICOS
EXEMPLOS DE GÊNEROS ORAIS E ESCITOS
CULTURA LITERÁRIA FICCIONAL NARRAR: Mimesis da ação através da criação da intriga no domínio do verossimil
Conto maravilhoso/conto de fadas: fabula/lenda/narrativa de aventura, narrativa de ficção cientifica, narrativa de eningma/narrativa mítica anedota, biografia romanceada, romance /histórico/novela.conto/paródia/adivinha/piada
DOCUMENTAÇÃO E MEMORIZAÇÃO DAS AÇÕES HUMANAS: Relatar. Representação pelo discurso de experiências vividas, situadas no tempo
Relatos de experiências vividas relatos de viagem/ diário intimo/testemunho/autobiografia., curriculum vitae/ata, noticia/reportagem, crônica mundana/crônica esportiva, biografia/relato histórico

LEVANTAMENTO E DISCUSSÃO DE PROBLEMAS: Persuadir: Sustentação,refutação e negociação de tomada de posição
Aviso/convite, sinais de orientação, texto publicitário comercial, texto publicitário institucional, cartazes/slogasns, campanhas – folders, cartilhas - folhetos

DISCUSSÃO DE PROBLEMAS SOCIAIS CONTROVERSOS: Argumentar,sustentação, refutação e negociação de tomada de posição
Testos de opinião/diálogo argumentativo, carta de leitor,carta de reclamação/carta de solicitação, deliberação informal/debate regrado, editorial, discurso de defesa, requerimento/ensaio/resenha critica

ESTABELECIMENTO, CONSTRUÇÃO E TRANSMISSÃO DE REALIDADE E SABERES: Expor: Apresentação textual de diferentes formas da realidade de dos saberes
Contratos, declarações, documentos de registro pessoal, atestados, certidões, estatutos, regimentos e códigos

TRANSMISSÃO E C ONSTRUÇÃO DE SABERES: Expor: Apresentação textual dde diferentes formas dos saberes
Textos expositivo/conferencia, artigo enciclopédico, entrevista, textos explicativo/tomada de notas, resumos.resenhas, relatório cientifico, relato de experiências cientificas

INSTRUÇÕES E PRESCRIÇOÕES: Descrever Ações: Regulação mútua de componentes
Instruções de uso/instruções de montagem, bula/manual de procedimentos/receita, regulamento – estatuto-lei, regras de jogo, placas de orientação
trabalhos
Experiência e habibilidades:

0s argumentos podem facilitar a escolha de gêneros adequados para cada série da Educação Básica, possibilitando uma progressão em espiral para seu ensino. A expressão ¨progressão em espiral¨ significa que podemos criar eixos, é possível escolher os mais adequados de cada agrupamento para cada série, retomando gêneros do mesmo agrupamento a cada ano que passa, para que os alunos possam ampliar, gradativamente, o domínio das capacidades de narrar, argumentar, expor, instruir e relatar.
Tomando o agrupamento argumentar como por exemplo, podemos afirmar que, até pouco tempo, qualquer pessoa diria que não se deve trabalhar argumentação nas séries iniciais. Hoje, porém, é outra a resposta. Ensinar a argumentar é um trabalho que pode ser feito com diferentes gêneros textuais, e é possível começar bem cedo, já nas séries do primeiro ciclo com os debates orais, cartas de leitor e cartas de solicitação, por exemplo.
Todos os outros agrupamentos possibilitam reflexão semelhante. É possível um trabalho com gêneros expositivos nas series iniciais do primeiro ciclo, se iniciarmos sua exploração por verbetes de enciclopédia: com gêneros narrativos, podemos começar com pequenos contos, como os contos acumulativos, aqueles em que há uma espécie de refrão que se repete, ótimos para o período de alfabetização; com gêneros do agrupamento instruir, podemos começar com as receitas culinárias; com gêneros do relatar, podemos trabalhar com as crianças menores lendo e escrevendo pequenas biografias, por exemplo.
Se trabalharmos com muitos gêneros narrativos ao longo da Educação Básica, nas séries finais poderemos trabalhar com a leitura de romances, por exemplo, a obter ótimo aproveitamento. Se começaremos a trabalhar com, gêneros expositivos a partir de pequenos verbetes de enciclopédia infantil, lá no inicio do Fundamental, e formos ampliando o estudo desses gêneros ao longo das demais séries, podemos trabalhar textos de informação cientifica nas séries finais com tranqüilidade.
Os gêneros textuais referem-se a todas as formas de textos, sejam eles escritos e/ou orais, referem-se à relação dialógica existente no processo de interação verbal.


Momento reflexão e de contração das turmas

Meditação dos estudos da turma de formação continuada da SEMEC Altamira - Pará

Dialogismo é constitutivo da linguagem e perpassa por toda forma de constituição da linguagem em suas manifestações, seus usos e suas funções provindas das diferentes realizações/situações comunicativas. Com isso, torna-se imprescindível conhecer, dominar e utilizar-se dos diversos gêneros textuais em seus variados usos e funções nas mais diversidades situações comunicativas.

O desafio consiste na combinação de três critérios para cada série: diversificar os gêneros, as esferas a que eles remetam e os agrupamentos a que pertencem.
Novo Blog colaborativo junta Cinema, Educação Ambiental e Educação Básica no Rio Xingu
Um novo portal colaborativo une cinema e educação ambiental no Rio de Janeiro. O Portal Observatório Ambiental Humano Mar é um site construído a partir da filosofia de web 2.0, isto é, o seu conteúdo é elaborado a partir da colaboração dos próprios usuários. Os vídeos, áudios, fotografias e textos são postados por quem atua na defesa do meio ambiente e acompanha as transformações dos recursos naturais em sua cidade. O enfoque inicial do portal é a região da Bacia de Campos, uma das áreas mais ricas do Estado e também uma das mais impactadas pela atividade de petróleo.A dinâmica é mais ou menos a seguinte: um morador de Macaé, com a câmera do celular, registra a poluição de um rio que se transforma em valão. Ele posta o vídeo no portal e um pescador de Rio das Ostras colabora colocando fotos da poluição que vem aparecendo no mar. Um estudante de química do Rio de Janeiro indica um artigo interessante sobre recuperação de águas e, assim, se constrói uma rede de cidadãos que pensam constantemente sobre o assunto e tomam atitudes para mudar a realidade à sua volta. No portal, as populações que sofrem com a degradação das culturas tradicionais e dos recursos naturais se tornam protagonistas de um processo iniciado pela sociedade civil. De meros espectadores das transformações dos recursos naturais e culturais, os cidadãos comuns se transformam em monitores ambientais. Eles passam, então, a divulgar o que acontece em suas comunidades e auxiliam órgãos ambientais como o Ibama a fiscalizar os impactos que vêm sendo causados à natureza.Com a popularização da internet e das câmeras digitais, a possibilidade de defesa do meio ambiente se ampliou. Além de se engajar em grandes movimentos como a defesa da Amazônia e do Pantanal, os ecologistas agora podem contar com a tecnologia para defender a sua própria comunidade. Em pleno século 21, num cenário de aquecimento global e destruição dos recursos naturais causados pela ação do homem, a preservação do meio ambiente pode, e deve, fazer parte da vida de cada cidadão. Utilizar as ferramentas audiovisuais é uma forma de popularizar a discussão nas comunidades. A missão do Portal Observatório Ambiental Humano Mar é criar redes sociais que comecem nas cidades que sofrem degradação ambiental e cultural e alertem o mundo sobre os problemas em curso.O conteúdo do Observatório Ambiental Humano Mar é rico e dinâmico. Os videodocumentários e artigos são feitos por estudantes, professores, donas de casa, pescadores e muitos outros cidadãos que têm em comum a luta pela preservação ambiental. Os temas vão desde a documentação das artes de pesca artesanal até a discussão sobre a especulação imobiliária, a ameaça às culturas tradicionais e a aplicação dos royalties de petróleo nas cidades da Região dos Lagos e Norte Fluminense. Também são os próprios usuários que montam o cronograma de eventos ambientais e culturais que vão acontecer em seus municípios na seção Agenda. Já no Baú Humano Mar, há 30 videodocumentários que dão um amplo panorama das questões ambientais na Bacia de Campos.Se o pontapé inicial do Portal Observatório Ambiental Humano Mar são as transformações em curso na Região dos Lagos e no Norte Fluminense, ele também está aberto à colaboração de todos aqueles que desejam debater as questões ambientais. Mesmo quem não vive naquela região pode postar no site o resultado de seu monitoramento ambiental, e aí entendam-se vídeos, fotos e textos que documentem o que ocorre na sua cidade, independente de sua localização. O endereço do portal é www.humanomar.com.br e os usuários devem preencher seu perfil para postar as colaborações.O Observatório é gerido pela Abaeté Estudos Socioambientais, uma consultoria formada por antropólogos, jornalistas e cineastas que promove o projeto de educação ambiental da Devon Energy do Brasil como uma contrapartida exigida pelo Ibama para que a empresa possa produzir petróleo na região da Bacia de Campos.


MMA e Cultura lançam edital para projetos sobre mudança do clima
Os ministros do Meio Ambiente, Carlos Minc, e da Cultura, Juca Ferreira, assinaram, nesta sexta-feira (17), no Espaço Tom Jobim do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, o edital de curtas de animação, que selecionará 10 projetos temáticos sobre mudanças climáticas para veiculação em TVs públicas em todo o Brasil e demais emissoras interessadas. Cada ganhador receberá R$ 20 mil, sendo R$ 10 mil para produzir o vídeo, com um minuto de duração. A idéia é ensinar à população o que significa mudança do clima e seus efeitos. A criação dos curtas é uma recomendação da 3ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, realizada em maio de 2008, para que sejam realizados vídeos explicativos que alcancem todos os lares. O lançamento do concurso aconteceu na abertura do Circuito Tela Verde, festival com 30 vídeos sobre experiências de projetos de educação ambiental no Rio de Janeiro. Para Minc, educação ambiental é a melhor forma de ensinar as pessoas a mudar de atitude e preservar o meio ambiente. "Educação ambiental não é decoreba, é mudança de comportamento", ressaltou.O ministro Minc aprovou o resultado da primeira edição do circuito e afirmou que no próximo ano o Tela Verde, que também é resultado de parceria com o Ministério da Cultura, será ampliado. "É com muita alegria que celebro essa parceria da cultura e do meio ambiente", salientou. Segundo ele, é importante realizar esse tipo de atividade para a conservação dos parques nacionais. "Preservar não é o não-uso mas o uso correto. É a integração do meio ambiente com a cultura e o ecoturismo".Minc também destacou a educação ambiental como forma de instruir a sociedade para o consumo sustentável e criticou o parâmetro de desenvolvimento atual, em que prevalece o consumo e o desenvolvimento sem sustentabilidade. "A educação ambiental é fundamental em uma sociedade onde a ganância e a ambição ditam as regras e que tem uma economia que beira sandice".O ministro da Cultura reiterou o discurso de Minc, afirmando que hoje em dia não se concebe mais o desenvolvimento sem um padrão ambiental. "A questão ambiental é sobretudo uma questão de sensibilidade, visão de mundo e comportamento, e o cinema é um bom canal pra levar isso". Os ministros ressaltaram a necessidade desses eventos como registro documental da memória da questão ambiental. Também participaram do evento o presidente do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Listz Vieira, a diretora do Departamento de Educação Ambiental, Lúcia Anello, e o secretário de Audiovisual do Ministério da Cultura, Silvio Pirôpo.O festival também será realizado em outras 250 estruturas educadoras, como Salas Verdes, Pontos de Cultura, Coletivos de Cultura e Cineclubes, até julho. A idéia é que cada centro organize a sua mostra dos filmes, com os kits distribuídos pelo ministério, e realize debates ao final de cada dia de execução para discutir os problemas ambientais locais e possíveis soluções. O objetivo do circuito é promover a sensibilização e reflexão dos públicos sobre a importância do tema socioambiental e da educação ambiental como instrumento de mobilização e participação social. Os vídeos foram desenvolvidos usando as metodologias de educomunicação.Os vídeos mostram tanto trabalhos de educação ambiental que deram sucesso quanto rios que estão cada dia mais poluídos. Os curtas foram produzidos nos seguintes municípios: Araruama, Arraial do Cabo, Búzios, Cabo Frio, Macaé, Niterói, Rios das Ostras, São Francisco de Itabapoana e São João da Barra. São apresentadas opiniões, visões de mundo e modos de vida dos membros das comunidades locais sobre o meio ambiente, os problemas e as responsabilidades ambientais.
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A “boa briga” dos MinCs
Meio Ambiente e Cultura selam parceria e, também, mais uma “boa briga”, como definiu o ministro Carlos MinCReunidos na manhã de sexta-feira (17), no Jardim Botânico, os ministros da Cultura, Juca Ferreira, e do Meio Ambiente, Carlos MinC, lançaram ações inéditas de produção e exibição de curtas metragens, com destaque para o tema Mudanças Climáticas e Aquecimento Global. Mas o discurso esquentou quando o ministro Carlos MinC deu palavras de apoio ao projeto de governo federal da nova Lei de Fomento à Cultura. “Com essa proposta, o ministro Juca Ferreira mexe em uma questão importante. Os recursos da cultura acabaram concentrados no Rio de Janeiro e em São Paulo e as empresas acabaram ditando a política cultural do país”, afirmou MinC, que considera a proposta uma “boa guerra”, comparando-a com a medida lançada pelo MMA recentemente para compensar a emissão de CO2. “Eu e o ministro Juca Ferreira gostamos da boa briga… quem quer mudar pelo bem sempre enfrenta dificuldades…aqueles que estão por cima dizem que a intenção é estatizar, mas não dizem a real intenção, que é ampliar e democratizar”. A “boa briga” passa também pelo enfrentamento dos grandes desafios ambientais hoje existentes no país, que aproximam os dois ministérios em ações comuns. Hoje foram lançados dois programas: o Circuito Tela Verde, de exibição de curtas metragens realizados por comunidades que têm sofrido os impactos da indústria do petróleo, e o Edital Curtas de Animação, de apoio a projetos de animação de um minuto.Com esses projetos, comunidades passam a ter mais uma oportunidade de discutir e desenvolver um olhar crítico sobre seus processos e de registrá-los em filmes a serem exibidos nas tevês e nos espaços públicos de exibição, como os cineclubes, os Cines Mais Cultura e as Salas Verdes. Os ministros falaram sobre o papel estratégico das ações transversais dos seus ministérios no fortalecimento da cidadania. “É necessário reconstruir a relação entre cultura e meio ambiente, e esse processo passa pela sensibilidade, pelo comportamento e pela visão do mundo, portanto, por dimensões essencialmente culturais”, afirmou Juca Ferreira. Para o ministro, ao lançar ações que estimulam o protagonismo popular, o governo também estimula a ampliação e diversificação de conteúdos e do exercício de cidadania. O ministro Carlos MinC, por sua vez, destacou o fato de ações como essa possibilitarem “que a história seja contada pelo cidadão comum, e não apenas por vencedores”. Presente no evento, o secretário do audiovisual, Silvio Da-Rin, falou sobre a integração dessas ações a outras iniciativas de produção e exibição de conteúdos audiovisuais pelas comunidades. “O Circuito Tela Verde vem se somar aos Pontos de Cultura e aos Cines Mais Cultura para constituírem verdadeiros circuitos alternativos e comunitários que vão transformar e dar escala à circulação de conteúdos brasileiros de produção independente”. Da-Rin mostrou em números o cenário elitista do acesso a salas de cinema no Brasil. “Hoje 92% dos municípios não têm esses equipamentos e a consolidação de redes como essas terá para a população impacto até maior do que os circuitos comerciais de cinema”. Também participaram do evento o presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Moniz Sodré, o presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa, José Almino, e a diretora executiva da Funarte, Miriam Levy.

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Fotos do Lançamento do Circuito Tela Verde e Edital de Curtas
O novo Blog da Educação verde
apresentou o Blog da educação verde
Participaram do evento o secretário do audiovisual, Silvio Da-Rin, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, o ministro do Meio Ambiente, Carlos MinC, o presidente do Jardim Botânico, Liszt Vieira, e Lúcia Anello, diretora do Departamento de Educação Ambiental
Preservando a natureza é dever de todos
Juca Ferreira, Carlos MinC e Liszt Vieira
Carlos MinC, a educadora ambiental do ICMBio, Denise Alves, o gerente do Meio Ambiente da Devon, Fernando Borenzstein, Juliana Loureiro e Luisa Pitanga, da Abaeté Social e Monica Serrão
qual o mais próximo de você.
Mapa brasileiro onde aqui está inserido o Pará e a cidade de Altamiraterca-feira, 26 de Maio de 2009


Abertura do Circuito Tela Verde

O Ministério do Meio Ambiente, por meio do Departamento de Educação Ambiental, da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental – (DEA/SAIC/MMA) e o Ministério da Cultura, por meio da Secretaria do audiovisual (SAV/MinC), realizarão, às 10 horas do dia 17 de abril, no Espaço Tom Jobim do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ), a Abertura do Circuito Tela Verde e o Lançamento do Edital de Curtas de Animação.O Circuito Tela Verde é uma mostra nacional de produções audiovisuais sobre experiências de projetos de educação ambiental, para exibição em estruturas educadoras como Salas Verdes, Pontos de Cultura, Coletivos Educadores, cineclubes. Utilizando metodologias de educomunicação, os filmes oferecem um mosaico de opiniões, visões de mundo e modos de vida dos membros das comunidades locais sobre o meio ambiente, os problemas e as responsabilidades ambientais. Trazem uma importante contribuição para compreender como as comunidades tomam parte nos processos da gestão ambiental pública.Cada estrutura educadora cadastrada no Circuito receberá um kit contendo: DVDs, material para divulgação e um guia passo a passo para organização e avaliação da mostra. Após exibição, o kit deverá compor o acervo do espaço exibidor, ou de outro espaço público indicado pela instituição responsável pela exibição. Durante o período que antecede a mostra, bem como o de sua exibição, os espaços contarão com o blog do Circuito Tela Verde como apoio. Nele, serão disponibilizados o conteúdo do kit, informações e questionário para a avaliação da mostra e materiais que servem de base para as discussões. Esta é uma primeira versão de um circuito de exibição de filmes ambientais que esperamos repetir por mais vezes, revelando a diversidade dos olhares sobre a questão ambiental. O Circuito Tela Verde é uma das ações de educomunicação do DEA/MMA, em sintonia com os princípios do Programa Nacional de Educação Ambiental e em comemoração aos 10 anos da Política Nacional de Educação Ambiental (Lei n° 9.795/99).

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Lançamento do Edital de Curtas de Animação


O Edital de Curtas de Animação trata-se de um concurso nacional de estímulo à produção de curtas de animação, em uma parceria inédita entre os ministérios do Meio Ambiente e Cultura.O Edital ficará aberto por 1 ano, quando serão selecionados 10 projetos que receberão R$ 20 mil cada um para a produções de 1 minuto sobre o tema Mudanças Climáticas. Os curtas serão exibidos nas TV Públicas, conforme parceria firmada entre os ministérios do Meio Ambiente e da Cultura e a Associação Brasileira das Emissoras Públicas, Educativas e Culturais (Abepec) e estarão disponíveis para veiculação em todas as emissoras interessadas. O objetivo é o de despertar na sociedade um olhar crítico para o seu meio; estimular a produção de campanhas para televisão, sobre a temática socioambiental, fomentando processos educativos/ participativos.A importância de ações como esta foi destaque nas deliberações da III CNMA – seção Educação e Cidadania Ambiental (n° 15, 19, 32, 106 e 121), nas quais é ressaltada a necessidade da elaboração de campanhas, programas e projetos sobre a temática ambiental, com produção e difusão de conteúdos, além da criação de incentivos para subsidiar campanhas.

Um comentário:

  1. precisamos ficar atento as novidades da rede , por favor vamos anunciar mais, para que outros conheçam e saibam do nosso trabalho na educação de altamira.

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